O juiz Rafael Gonçalves de Paula, da 3ª Vara Criminal de Palmas, entendeu que Mauro Carlesse (DEM) não conseguiu provar os crimes de calúnia que imputava ao youtuber Pastor Nelcivan ex-cabo da Polícia Militar e julgou improcedente a queixa crime do político contra o ex-militar. Na ação, Carlesse acusava o youtuber de ter ofendido sua honra através de uma conta no Twitter com diversas mensagens caluniosas e ofensivas durante o ano de 2019. Uma delas foi ter cunhado o apelido de “Governador Camaleão Branco”. Para o juiz, Carlesse não conseguiu comprovar que o youtuber tenha sido titular de conta no Twitter onde apareceram as mensagens. Também não provou que a conta tenha existido e que Nelcivan tenha sido o autor das publicações. O juiz também afirma que Carlesse não apresentou ata de cartório com as postagens ou outro documento que provasse a existência das mensagens e nenhuma testemunha depôs para sustentar a afirmação de que o pastor tenha postado as imagens no Twitter. O mesmo entendimento o juiz adotou sobre o vídeo do ex-policial contido no processo com supostas ofensas ao governador. “Ainda que o vídeo exista, pois está contido no CD-R entregue pelo querelante [Carlesse] a este juízo (...) não houve prova de que o querelado [Nelcivan] o tenha publicado”. Rafael de Paula condenou Carlesse a pagar as custas processuais, no valor de R$ 205, e honorários advocatícios em favor dos advogados do youtuber, no valor de R$ 6.000,00. O JTo procurou a defesa de Carlesse. O advogado Juvenal Klayber contesta a sentença da Justiça e afirma que irá recorrer ao Tribunal de Justiça. "Ao contrário do que a sentença afirma, existem várias provas contra o réu, que caluniou e injuriou meu cliente. Não somente postagens de vídeos, mas também vários textos de WhatsApp. Vamos recorrer, com certeza. Por isso que o réu continua a usar desta infração penal e constitucional para caluniar, injuriar e difamar pessoas com o único intuito de se promover."