Em audiência de custódia finalizada por volta das 14h40 desta quinta-feira, 7, o juiz federal João Paulo Abe decidiu por manter a prisão temporária de Alex Câmara, proprietário de um site de notícias e um dos investigados da Operação Replicantes, deflagrada na manhã desta quarta-feira, 6.O juiz entendeu que a suposta participação do empresário no possível esquema de fraudes em licitações do Governo do Estado é um fato grave e que requer a continuidade da prisão temporária de cinco dias para o bom andamento das investigações.O empresário prestou depoimento na Polícia Federal por cerca de oito horas, ainda ontem, logo após a prisão.PrisõesNa Operação, os policiais federais cumpriram ainda mandados de prisão temporária contra o ex-superintendente de Compras e Central de Licitação da Secretaria de Educação, Juventude e Esporte (Seduc), Carlos Gomes Cavalcante Mudim Araújo, e o empresário Franklin Douglas Alves Lemes, dono das gráficas investigadas por supostos contratos irregulares celebrados com o governo do Estado.O magistrado entendeu que são graves as acusações de recebimento de vantagens indevidas, além da apuração de possíveis intimidações a jornalistas do Grupo Jaime Câmara (GJC). A prisão temporária de Mundim também foi mantida. Já Franklin Douglas teve prisão preventiva decretada. Lemes e Mundim serão encaminhados pela PF para a Casa de Prisão Provisória de Palmas.A OperaçãoA operação tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de corrupção, peculato, fraudes em licitações, desvios de recursos e lavagem de capitais por meio do ramo gráfico. A PF apurou que entre os anos de 2015 e 2016, as empresas Exata Copiadora, Editora e Assistência, WR Gráfica e Editora Ltda e Empresa Prime Solution, que fazem parte do Grupo Exata, recebeu aproximadamente R$ 38 milhões em contratos com Seduc.Além das prisões, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas dos três presos, da representante de um grupo do ramo gráfico, Rosana Ribeiro Lopes, e de uma assessora de gabinete do governador na gestão Marcelo Miranda, Larissa de Sousa Aires Bucar.A Operação Replicantes deriva das operações Reis do Gado, Carotenoides e Operação 12º Trabalho, que investigam atos de corrupção, peculato e lavagem de capitais ligados ao Palácio Araguaia na gestão do governador Marcelo Miranda, que está preso desde setembro deste ano.