Na maior arrancada já registrada na cidade de São Paulo, o candidato do PSDB, João Doria, deixou quatro adversários para trás durante a campanha eleitoral e venceu a disputa pela prefeitura paulistana no primeiro turno, um feito inédito, com 53,3% dos votos válidos. Ou 3.085.187 de um total de 6.945.741.

O empresário João Agripino da Costa Doria Junior, 58, conseguiu atrair o voto útil de eleitores antes identificados com os rivais Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB) e de insatisfeitos com a política, em especial com o PT. Ele administrará um Orçamento de R$ 54,5 bilhões em 2017 e precisará atrair aliados para compor maioria na Câmara Municipal.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), obteve 16,7% dos votos válidos. Ele havia dito que deixaria a política para se dedicar ao cargo de professor da USP (Universidade de São Paulo), caso não fosse reeleito.

O resultado representa uma vitória política do governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), o fiador da campanha de Doria. O tucano elegeu na capital paulista um aliado debutante em pleitos e saiu vitorioso em metade das 28 maiores cidades de SP. Com isso, fortaleceu-se como possível candidato à Presidência em 2018.

O PT foi o maior derrotado neste pleito sob novas regras, com campanha mais curta e sem doações empresariais. Com 94% dos votos apurados no país, às 22h30, o partido havia eleito 261 prefeitos -queda de 59,5% em relação a 2012. O PMDB, do presidente Michel Temer, elegeu 944, queda de 7,2%. Entre as principais siglas, cresceram PSDB (5,1%) e PSD (2,4%).

Nas 26 capitais, 8 candidatos venceram no primeiro turno, sendo 7 deles prefeitos reeleitos. No Rio, Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) disputarão o segundo turno, no próximo dia 30.