Durante a sessão de votação para a abertura ou não do processo de impeachment da presidente Dilma, uma confusão entre parlamentares terminou em cusparadas. O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) tentou cuspir em Jair Bolsonaro (PSC-RJ) após ter declarado voto contra o impeachment.


"Jean tentou cuspir no meu pai porque ele estava falando 'tchau, querida, tchau, querida'. Eles é que têm o discurso do ódio. Eles falaram na tribuna de [Carlos] Marighela, quando meu pai falou de Coronel Ustra. Eles tiram a calcinha pela cabeça. A democracia só vale quando é a favor deles", criticou Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho de Bolsonaro.


Depois da confusão, o filho de Bolsonaro tentou pegar Wyllys pelo braço, mas não conseguiu e também tentou cuspir no colega de Congresso.
Wyllys justificou o cuspe dado em Bolsonaro: "Nós estamos numa votação, eu tenho direito político de fazer o voto que eu quero, de acordo com a minha consciência. Em toda a votação não interferi no voto de ninguém, não fui insultar ninguém e esse canalha decidiu me insultar e tentou agarrar meu braço na saída -ele ou alguém que estivesse perto dele. Eu ouvi o insulto e devolvi com um cuspe na cara dele, porque ele merece".


"Eu cuspiria na cara dele quantas vezes eu quisesse. Não temo enfrentar processo. Processo tem que enfrentar quem é machista, quem promove a violência, quem defende a memória de Brilhante Ustra, um torturador. Isso deveria escandalizar vocês, não o cuspe na cara de um canalha", afirmou, fazendo referência à homenagem de Bolsonaro ao militar durante seu voto.