O empresário José Edmar Brito Miranda Júnior, irmão do ex-governador Marcelo Miranda (MDB), continuará preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP). A decisão ocorreu durante a audiência de custódia realizada na manhã desta sexta-feira, 27, na sede da Justiça Federal. O empresário foi preso pela Polícia Civil em Santana do Araguaia (PA), na manhã desta quinta-feira, 26, e chegou à Capital no final da tarde, por volta das 18h, também desta quinta-feira, e levado a uma cela especial da CPPP.Durante a audiência de custódia, o juiz federal João Paulo Abe decidiu manter a medida enquanto seguem as investigações da operação sobre suposto esquema de corrupção na gestão de Marcelo Miranda à frente do Governo do Tocantins.A defesa pediu que o investigado fosse encaminhado para uma sala de Estado Maior no Comando Geral da Polícia Militar, onde seu irmão se encontra, mas o magistrado negou e determinou que fosse encaminhado para uma cela com detentos nas mesmas condições, com prisão provisória e portadores de diploma superior. Ele não teve o direito de ficar em cela individual.Quanto ao ex-secretário da Infraestrutura do Estado, Brito Miranda, pai do ex-governador, que assim como Marcelo Miranda, está preso no Quartel do Comando Geral, até a manhã desta sexta-feira, o advogado dos Mirandas, Jair Alves Pereira, comentou que a família ainda não tinha realizado o pagamento da fiança. O valor equivale a 200 salários mínimos, aproximadamente R$ 200 mil reais.Já em relação a Marcelo, o ex-governador deve passar o final de semana na cadeia. “Hoje não tem nada previsto, mas semana que vem vamos impetrar algum recurso buscando a liberdade dele”.EntendaA prisão do ex-governador faz parte da operação “12º Trabalho”, deflagrada pela Polícia Federal (PF). A ação investiga uma organização criminosa envolvida em várias operações da Polícia Federal, suspeita de manter um sofisticado esquema de corrupção.Os crimes envolvem apropriação de bens públicos, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, recebimento de vantagens indevidas, falsificação de documentos e lavagem de capitais. A PF estima que a organização criminosa causou prejuízos da ordem de mais de 300 milhões de reais aos cofres públicos.Ainda segundo a corporação, a ação é resultado de um trabalho conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal. Ao todo, 11 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva, todos expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Palmas, Tocantínia, Tupirama e Araguaína, além de Goiânia (GO), Santana do Araguaia (PA), Sapucaia (PA) e São Felix do Xingu (PA).