O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, apresentará nesta terça-feira (7) um novo atestado médico para prolongar seu afastamento temporário por mais uma semana.

O pedido estenderá o prazo que se encerra nesta segunda-feira (6) para o dia 13 de março, podendo ser posteriormente postergado para um período entre dez e trinta dias.

O ministro ainda não tem expectativa de alta médica e foi submetido no final de fevereiro a cirurgia para retirada da próstata. Com a licença médica, ele mantém o foro privilegiado.

O prolongamento do afastamento tem servido ao presidente Michel Temer para calcular o dano político de perder o seu principal braço-direito no Palácio do Planalto.

O ministro que já havia sido citado em delação premiada deve ser um dos nomes apontados na lista de pedidos de investigação da Procuradoria-Geral da República, que deverá ser apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta semana.

A avaliação no Palácio do Planalto é que um pedido de investigação contra Padilha aumentará a pressão para que ele deixe o cargo, mas o presidente tem afirmado nos bastidores que ele só será afastado definitivamente se virar réu, respeitando critério criado no mês passado.

No período da ausência, deve assumir a Casa Civil o secretário-adjunto, Daniel Sigelmann. Caso a licença seja mais uma vez ampliada, o presidente discute escalar informalmente alguém de mais confiança e que tenha mais "jogo de cintura" para tratar de questões administrativas e políticas.

Os dois principais nomes considerados são do assessor especial Rodrigo Rocha Loures e do subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha.