O presidente Jair Bolsonaro lançou nesta segunda-feira (20) a 2ª fase da campanha publicitária sobre a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da reforma da Previdência. As propagandas começam a ser veiculadas nesta segunda em rede nacional e continuam no ar até meados de julho.

Com custo de R$ 37 milhões, as peças serão exibidas em TV, rádio, aeroportos, rodoviárias, estações de metrô, redes sociais e páginas da internet. A agência de publicidade responsável pela campanha é a Artplan.

No evento, Bolsonaro fez 1 aceno ao Congresso Nacional e citou o fato de 5 dos seus ministros serem deputados federais – Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura), Marcelo Álvaro (Turismo), Luís Henrique Mandetta (Saúde) e Osmar Terra (Cidadania):

“O que nos une aqui no dia de hoje com o corpo de ministros muito qualificados, reconhecidos por todos. Tendo inclusive 5 deputados federais entre eles. Nós valorizamos sim o parlamento brasileiro, que vai ser quem vai dar a palavra final nessa questão da Previdência tão rejeitada ao longo dos últimos anos.”

O político do PSL agradeceu nominalmente os chefes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal pela condução da reforma da Previdência.

“Agradeço ao Rodrigo Maia, presidente da Câmara, Davi Alcolumbre, presidente do Senado Federal, que em conversas que temos tido são unânimes na necessidade de aprovarmos a nova Previdência”.

Ele também reafirmou as dificuldades em receber congressistas no Palácio do Planalto e disse que vai conversar com mais:

“Só nao recebo mais por falta de agenda. Gostaria de conversar com o maior número possível de vocês para que possíveis equívocos e melhoras nós possamos junto ao Parlamento brasileiro buscá-las. Se bem que nós pretendemos que a nossa reforma saia dela com o menor número de emendas aprovadas”.

Participaram da solenidade de lançamento os ministros Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Santos Cruz (Secretaria de Governo), além dos deputados Joice Hasselmann (PSL-SP) e Major Victor Hugo (PSL-GO), líderes do governo no Congresso e na Câmara, respectivamente.

Segundo o secretário de Comunicação do Governo, Fábio Wajngarten, a campanha “traduz muito” a razão de o executivo ter aceitado o cargo. “É 1 equívoco acreditar no fim das consideradas mídias tradicionais”, disse, acrescentando que a campanha “tem como objetivo unir o setor de comunicação e mídia”.

MÍDIA E CONGRESSO

O presidente começou o discurso dizendo que quem deveria falar era o “pai da criança” em referência ao ministro Paulo Guedes (Economia). A seguir, agradeceu “os homens e mulheres que estão à frente da mídia”,a quem responsabilizou por manter acesa a “chama da democracia” apesar das “caneladas”.

O chefe do Executivo também fez 1 aceno ao Congresso – que, segundo ele, “vai dar a palavra final” em relação ao projeto –, agradecendo nominalmente os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Disse ainda que “possíveis equívocos” poderão ser corrigidos e que só não recebe mais congressistas por falta de agenda.

Outro deputado a receber afagos foi o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), que foi citado pelo ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) por sua atuação na 1ª etapa da tramitação da reforma.

O QUE HAVIA ATÉ AGORA

A proposta de reforma no sistema previdenciário foi enviada ao Congresso em 20 de fevereiro. Desde janeiro, foram feitos apenas 5 vídeos de campanha para a principal bandeira da equipe econômica do governo. O último, foi publicado no dia 26 de março.

Conforme informado, o slogan mudou para “Nova Previdência, pode perguntar”. Antes, o slogan era “Nova Previdência: É melhor para todos. Melhor para o Brasil”. O antigo slogan vai fechar os vídeos que terão sempre o 1 selo na tela com a mensagem “Essa é a verdade”.

Segundo Wajngarten, o objetivo é “evitar que as pessoas tenham opiniões baseadas em informações erradas, fake news, espalhadas aos montes”.