O ex-ministro e ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB) admitiu que contratou um escritório de advocacia uruguaio para abrir sua conta na Suíça no ano de 2008, mas afirmou que desconhece a procedência de US$ 832.975,98 mil que foram depositados nesta conta. Segundo investigações da Procuradoria Geral da República (PGR), a quantia era dinheiro de propina.

Em defesa apresentada à Justiça Federal de Brasília, o ex-ministro reconheceu ser formalmente o beneficiário da conta, mas alegou que devido a burocracia, não conseguiu movimentá-la e preferiu deixá-la inativa. Cogitando que a conta bancária teria sido movimentada por terceiros, sem sua autorização.

Após ter o nome citado nas investigações da Operação Lava-Jato, o então ministro do Turismo pediu demissão no ano passado.

Os valores equivalem aproximadamente R$ 2.573.895. Segundo a PGR, o montate encontrado na conta da Suíça trata-se de propina paga pela empreiteira Carioca Engenharia com o objetivo de liberar recursos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal. O dinheiro serviria para o financiamento de obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.