Ex-assessora parlamentar escritório de apoio do senador Irajá Abreu (PSD), Maria Eduarda Fermino, 27 anos – ela completa 28 na segunda, dia 30-, protocolou no dia 11 de agosto deste ano no Fórum de Palmas, um termo de indicação de paternidade no qual atribui o filho, nascido no dia 25 de julho deste ano, ao ex-chefe.A história do nascimento do neto da também senadora Kátia Abreu (PP) veio à tona com a publicação do Estado de S. Paulo, na noite deste sábado, 27, em reportagem assinada pelos jornalistas Rayssa Motta e Fausto Macedo. Na reportagem, a mulher, identificada como influenciadora revela seus últimos diálogos com o senador e conta que teria sido pressionada pelo parlamentar a interromper a gestação de cerca de quatro meses, mas ela não aceitou fazer o aborto. A reportagem pode ser lida neste link, por assinantes do Estadão.O bebê tem o nome do avô e nasceu na maternidade Cristo Rei, em Palmas, às 10h06 de um domingo, no dia 25 de julho deste ano. O Termo de Indicação de Paternidade é um registro cartorário. No caso do filho da ex-assessora, o documento está registrado na folha 048 da pasta 014 do Cartório de Registro Civil de Palmas e foi levado ao Fórum de Palmas, pelo programa "Pai Presente" no dia 11 deste mês. A lavratura do documento está prevista na Lei nº 8.560, de 29 de dezembro de 1992, que regula a investigação de paternidade dos filhos havidos fora do casamento. A lei prevê que em registro de nascimento de menor, apenas com a maternidade estabelecida, o oficial deverá remeter ao juiz, a “certidão integral do registro e o nome e prenome, profissão, identidade e residência do suposto pai, a fim de ser averiguada oficiosamente a procedência da alegação.”Maria Eduarda não respondeu ao Jornal do Tocantins o pedido feito pelo editor para falar sobre o caso, após a repercussão da história revelada pelo Estadão. Ela aparece nomeada para o caro de ajudante parlamentar júnior, lotada no gabinete de apoio ao senador em agosto do ano passado. Em março deste ano, o portal da transparência do Senado mostra o status de "desligado" para a ex-assessora.Por meio de nota, o senador se disse perplexo pela história vir a público um dia após a confirmação do teste de paternidade e ressalta que por se tratar de caso de família está sob segredo de justiça. O sistema processual do Judiciário do Tocantins lista apenas dois processos da ex-assessora contra o senador. Um deles, que fixou os alimentos, de abril deste ano, está sob segredo, mas o que relaciona o termo de indicação de paternidade é público.“Em respeito ao meu filho, não tecerei comentários”, afirma o senador. Ele ressalta, porém, ter feito “espontaneamente o exame de paternidade” e garante que “em nenhum momento a mãe ficou desamparada e que pago pensão alimentícia desde a gestação.”Ele disse lamentar pelo que ocorreu e prometeu fazer o “que de melhor” um pai pode fazer para um filho. “Graça a Deus, o bebê nasceu com saúde e terá uma vida com tudo o que uma criança precisa: amor, proteção, educação de qualidade, valores cristãos, conforto e segurança. Jamais permitirei que lhe falte nada!”O senador também refuta as acusações feitas pela ex-assessora ao jornal paulista, de ter sido vítima de violência para abortar a criança. “Lamento e refuto as acusações falsas feitas contra mim com propósitos ainda desconhecidos. Essa questão será tratada na esfera da Justiça.”Nota à ImprensaSobre o episódio que expôs minha vida pessoal e a de um filho meu, venho a público afirmar: Lamento o que aconteceu e ressalto que farei o que de melhor um pai pode fazer por um filho. Graça a Deus, o bebê nasceu com saúde e terá uma vida com tudo o que uma criança precisa: amor, proteção, educação de qualidade, valores cristãos, conforto e segurança. Jamais permitirei que lhe falte nada! Ressalto também que fiz espontaneamente o exame de paternidade e que em nenhum momento a mãe ficou desamparada e que pago pensão alimentícia desde a gestação. Manifesto minha perplexidade diante do fato apenas vir a público, embora seja um caso de familia sob segredo de justiça, no dia dia seguinte à confirmação do teste de paternidade. Em respeito ao meu filho, não tecerei comentários. Por fim, lamento e refuto as acusações falsas feitas contra mim com propósitos ainda desconhecidos. Essa questão será tratada na esfera da Justiça.Irajá Silvestre Filho. -Imagem (1.2310279)