O Governo do Estado afirmou que os projetos a respeito da concessão dos parques estaduais estarão disponíveis para consulta pública somente a partir do dia 30 deste mês, através de um sistema online. O projeto ainda não está concluído, segundo informações repassadas em uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 2, no Palácio Araguaia. O Jornal do Tocantins pediu tanto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quanto aos diretores do Consórcio Pitiguari, que executa o contrato OCS nº 003/2021, com o banco, o acesso aos seis produtos previstos no contrato do com o consórcio. Porém, esses produtos não foram disponibilizados para a imprensa e nem para a população. Na coletiva, o superintendente de Governo e Relacionamento Institucional do BNDES, Pedro Bruno Barros de Souza, disse que todo investimento no parque será feito pela iniciativa privada, mas não repassou detalhes de como isso irá ocorrer. “Esse estudo preliminar está passando por uma série de análises. Estamos tentando aproveitar qual a demanda do parque, olhar as séries ambientais. O estudo é um apanhado de várias visões. Ver o que pode ou não ser realizado”. Ele ainda completou que o projeto está em processo de construção e a partir do dia 30, a documentação estará disponível para consulta pública. “As pessoas vão poder criticar e dar sugestões”.Segundo o secretário de Estado de Parcerias e Investimentos do Tocantins, Claudinei Quaresmin, o Estado protocolará uma cópia desse projeto no Ministério Público do Estado (MPTO) quando ele estiver totalmente pronto. Apesar das diversas críticas da comunidade afetada, da imprensa e das redes sociais pela falta de informações, Quaresemin disse querer "seguir nosso projeto com total transparência”. Em seguida ele disse que a audiência pública é um fator que irá contribuir para a concessão.O gestor afirmou que essas audiências ocorrerão como escuta à comunidade. Para esses encontros, que ainda não tiveram as datas anunciadas, segundo ele, o Governo convocará todos os prefeitos da região e representantes do Jalapão para tirar as dúvidas a respeito da mudança. “Enquanto não exaurirmos essas dúvidas, não vamos avançar. O governador repete que quer todo esse processo com total transparência”. O secretário também disse esses debates com a população vão ocorrer nos próximos dias, porém, não informou uma data precisa para o início dessas oitivas. “Estamos preparando material publicitário. A população daquela região não tem que ter medo desse projeto. O projeto visa cuidar do patrimônio do Estado. Isso se chama planejamento. Queremos que qualquer tocantinense conheça o Jalapão. Com asfalto e infraestrutura, será possível que todos conheçam a região”. Durante a coletiva, Quaresmin, citou ainda o Parque Estadual do Cantão, que segundo ele, é necessário que a região seja mais divulgada, bem como fomentado o turismo local. “Ele está no começo da Amazônia e temos capacidade de proporcionar o turismo para quem deseja conhecer parte da Amazônia, porque parte dela está no Cantão”. Todavia, o gestor não afirmou, de fato, o que será realizado no Parque para que a região seja conhecido fora do Estado como um atrativo turístico.O objetivo do estado é colocar investimentos na região. Precisamos ter um estudo para mostrar para o operador. “O objetivo do estado não é arrecadatório, mas desenvolvimentista. Vamos ter acomodações para quem ganha um salário mínimo também. A população tocantinense poderá visitar o parque”. O JTO pediu uma estimativa de arrecadação para o governo com a concessão, ou quanto o governo estima receber pela concessão dos quatro parques, bem como a duração da concessão. O secretário disse apenas que a lei de concessão cita que não pode ser menor de 10 anos e nem maior do que 35 anos. Segundo ele, esse prazo vai depender do estudo econômico e financeiro para entender o tempo desta determinação. “A partir da audiência pública é que vai sair o edital dessas regras”.