O governador Mauro Carlesse (PHS), admitiu ontem, logo após tomar posse para o mandato tampão, que segue até 31 de dezembro, que deve fazer mudanças na composição de seu governo já nos próximos dias. “Certamente faremos algumas mudanças, mas ainda estamos avaliando e na próxima quarta-feira vamos anunciar”, pontuou o governador sem especificar em quais áreas deve mexer. “Vamos manter o que vinha sendo feito na saúde, educação, segurança pública, infraestrutura e melhorar ainda mais o atendimento à população. Esse é o nosso primeiro passo, depois vamos trabalhar em um projeto maior para o Estado”, garantiu.

Questionado se fará ajustes ficais na máquina pública e se pretende promover novas demissões, o governador afirmou que no momento não haverá ajustes. “Nós ainda estamos preparando as medidas a serem tomadas e só na próxima amanhã vamos anunciar, mas o vamos cortar gastos sim, também não vamos exonerar ninguém, até porque o período eleitoral não permite”, afirma.

Já no Palácio Araguaia, em um rápido pronunciamento, o governador reforçou seu compromisso em manter as ações já iniciadas no governo interino e criticou seu opositor na campanha, senador Vicentinho Alves (PR). “Infelizmente não tivemos uma campanha propositiva por que meu adversário ocupou-se em me atacar, mas o que eu peço é: deixe o homem trabalhar, eu quero trabalhar porque o povo precisa para agora”, criticou o governador.

POSSE

Mauro Carlesse e Wanderlei Barbosa (PHS) assumiram o comando do Estado em duas cerimônias realizadas ontem. Uma no Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), às 9 horas, onde aconteceu o ato de diplomação e outra no Plenário da Assembleia Legislativa quando foram de fato empossados governador e vice. Carlesse já estava no comando do Estado desde abril quando a Justiça Eleitoral cassou os mandatos do ex-governador, Marcelo Miranda (MDB) e de sua vice, Cláudia Lellis (PV), por uso de caixa dois ainda na campanha de 2014.

Essa é a terceira vez que um governo Tampão ocorre no Tocantins, desde 2009. O primeiro a ocupar o cargo nestas condições foi Carlos Gaguim (DEM) que assumiu após a Justiça Eleitoral cassar Marcelo Miranda (MDB), governador à época e seu vice Paulo Sidnei (PPS).

Depois foi a vez de Sandoval Cardoso (Sem Partido) assumir o comando do Estado após o então governador Siqueira Campas (DEM) e seu vice João Oliveira (DEM) renunciarem seus cargos.

No entanto, Mauro Carlesse é o único a obter êxito nas urnas, já que Gaguim e Sandoval foram eleitos indiretamente pela Assembleia e depois derrotados nas eleições ordinárias. Carlesse elegeu-se com 368.553 votos (75,14%) ao derrotar o senador Vicentinho Alves (PR), no 2º turno da Eleição Suplementar realizado no último dia 24 de junho.