Palmenses foram às ruas na manhã deste sábado, 29, para uma nova manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O protesto começou na rotatória da Avenida JK com a NS-2 – próximo ao Palácio Araguaia. Conforme a organização, após a concentração os manifestantes seguiram em passeata pelas principais avenidas do centro da cidade. O protesto está sendo organizado por movimentos sociais e entidades representativas de servidores públicos e da sociedade civil organizada.Uma das pautas do manifesto é a passagem rápida do presidente no último, 20, no aeroporto de Palmas. Na ocasião, a maior autoridade do País cumprimentou um grupo de apoiadores no local e em nenhum momento usou máscara de proteção. O governador Mauro Carlesse (PSL) também compareceu ao aeroporto sem a proteção.De acordo com Rilton Farias, um dos organizadores da manifestação, o objetivo é demonstrar a insatisfação da sociedade com o Governo Federal. O protesto está sendo organizado pelo Comitê Fora Bolsonaro, o mesmo que promoveu as últimas carreatas contra o político em Palmas no início deste ano.De acordo com a organização do ato, ainda não há uma estimativa de público nestas primeiras horas da manifestação. Nas redes sociais, os manifestantes antes do protesto recomendava o uso de máscara PFF2 e, além disso, álcool em gel e respeito ao distanciamento social, como medidas de precaução para evitar riscos da Covid-19. De acordo com a estudante Carol Azevedo, uma das manifestantes que participa do ato simbólico, a pretensão é unir forças contra os cortes na educação, mobilizar a luta pela vacina contra a Covid-19, o auxílio emergencial de 600 reais do Governo Federal e diversos outros temas pautados no governo de Bolsonaro. Os manifestantes devem apoiar também os trabalhos da CPI da Covid no Senado Federal.O movimento ainda pede a saída de Bolsonaro da Presidência da república. Entre as pautas estão também a vacinação contra a covid-19; o pagamento de um auxílio emergencial que supra a necessidade da população; os cortes do Governo Federal na área da educação; e a privatização da Eletrobrás.Na divulgação do protesto, os manifestantes lembram que quase 450 mil pessoas morreram no País de Covid-19. “Mortes por irresponsabilidade do Governo Bolsonaro, auxílio emergencial mísero, o crescimento da fome e o massacre de Jacarezinho demonstram que se não formos paras ruas, com os devidos cuidados sanitários, o Brasil não sobreviverá”, afirma a publicação divulgada nas redes sociais.O movimento em Palmas faz parte de um ato nacional, que reúne ao menos 85 cidades brasileiras, incluindo 25 Capitais, com protestos marcados neste sábado. Em janeiro houve em Palmas diversas carreatas a favor da vacinação contra Covid-19 e contrária ao presidente Jair Bolsonaro, em locais como o Jardim Aureny III e Taquaralto. O advogado, Pedro Araújo, um dos manifestantes, disse ao Jornal do Tocantins que fundo principal da manifestação é a situação que o Brasil se encontra. “Sendo sincero, não começou com Bolsonaro, mas ganhou em seu Governo impactos negativos. Na pandemia tivemos desemprego, fome, miséria, a venda de todas nossas riquezas ao capital estrangeiro, além da autorização de reformas que precarizam ainda mais a força de trabalho do nosso povo. Enfim, uma infinidade de situações estruturais do Brasil que não são aceitáveis”.De acordo com a mais recente pesquisa do Instituto Datafolha, de 11 e 12 de maio, a aprovação do presidente Jair Bolsonaro atingiu o patamar mais baixo de seu mandato; no total, 24% da população considera o governo ótimo ou bom, sendo que em março esse percentual era de 30%. -Imagem (1.2258599)