O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acompanhou na noite de segunda-feira (11), a votação da comissão do impeachment diretamente de seu gabinete e comemorou o resultado de 38 a 27, mesmo número que ele apostou e ganhou no bolão, feito sem aposta de dinheiro com outros deputados.

O parlamentar estava otimista por três razões: o fato do ex-líder do PR, Maurício Quintella Lessa (AL), não ter aceitado a pressão de Valdemar Costa Neto para votar contra o impeachment, a reunião entre o deputado Jorge Picciani e o vice-presidente Michel Temer que pode resultar em votos da bancada fluminense e a dificuldade que o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), de conter sua bancada de votar a favor do impeachment.

Cunha acredita que assim como Quintella, outros oito ou 10 deputados do PR, além dos 16 que já tinham se posicionado a favor do impeachment, mudem de lado. Já o PR acredita que pelo menos 17 dos 40 deputados da bancada votarão contra o impeachment.

Os aliados do presidente da Câmara acham que 10 dos 51 deputados do PP continuariam fiel se Ciro Nogueira liberar a bancada. O líder do PP, Aguinaldo Ribeiro (PI) especula apoio de 20 a 25 deputados.