Lavrado pelo secretário Rolf Costa Vidal (Casa Civil), o termo de posse do vice-governador Wanderlei Barbosa (sem partido) como governador interino do Estado saiu na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira, 20, publicado às 20h40. Com a posse, Wanderlei Barbosa se torna o segundo tocantinense de nascimento a assumir o Palácio Araguaia. O primeiro foi Raimundo Boi durante a gestão de Siqueira Campos.O termo afirma que o interino ratifica seu compromisso de “manter, defender e cumprir a Constituição Federal e a Estadual, observar as Leis, promover o bem geral, sustentar a união, a integridade e o desenvolvimento do Tocantins”.É a única publicação com referência aos fatos desencadeados no Tocantins a partir da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de afastar o governador Mauro Carlesse (PSL), os secretários Claudinei Quaresemin (Parcerias e Investimentos) e Cristiano Sampaio (Segurança Pública) e dezenas de servidores públicos, incluindo delegados, agentes da Polícia Civil e administradores do Plansaúde.Não há nomeação de nenhum servidor para substituir os afastados na edição do Diário desta quarta-feira. A partir da convocação da coleviva de Barbosa para as 11 horas, espera-se que sejam confirmadas as substituições por nomeações ou designações de quem irá responder por pastas importantes.Na SSP, os afastados incluem, entre os servidores comissionados, o secretário Cristiano Barbosa Sampaio; o secretário executivo da Servilho da Silva de Paiva; a diretora-geral Raimunda Bezerra de Souza; a diretora do ESPOL, Cinthia Paula de Lima; o chefe da divisão Especializada de Repressão à Corrupção (DECOR) Gilberto Augusto Oliveira Silva; o corregedor-geral da SSP Ronan Almeida Souza. Há também efetivos, como o delegado da Divisão de Repressão à Narcóticos, Ênio Walcacer de Oliveira; o escrivão Victor Vandré Sabará Ramos, que é assessor do secretário da Educação; o agente e gerente do Núcleo de Inteligência do Detran José Mendes da Silva Júnior, e os agentes Carlos Augusto Pereira Alves e Antônio Martins Pereira Junior, cedidos ao Ministério Público do Tocantins. Por fim também é alvo o gerente de Inteligência da Casa Militar de major da Polícia Militar, Rudson Alves Barbosa.Eles são alvos da operação Éris, que mira o que a PF trata como "braço da organização criminosa instalado" na SSP. Segundo a PF, o grupo é suspeito de obstruir investigações de combate à corrupção, por meio de diversos normas e estatutos, além daemoção indevida de delegados responsáveis por inquéritos de combate à corrupção que atingiam membros da cúpula do Estado. A PF aponta que há fortes evidências da produção coordenada de documentos falsos para manutenção dos interesses da organização criminosa. Também é apurado o vazamento de informações de investigações em andamento.Na investigação sobre o Plansaúde o STJ decretou o afastamento de cargos e proibições de entrada nos órgãos do diretor de Gestão do Plansaúde, Ineijaim Brito Siqueira, da secretaria executiva do Tesouro, Dilma Caldeira de Moura - que tem a missão de assessorar o decretário Sandro Armando (Fazenda) na definição, implementação e acompanhamento das políticas de aplicação das disponibilidades de caixa do Governo Estadual e na gestão do Caixa Único (Tesouro Estadual). Também está na lista, o assessor especial da Secretaria da Educação, Rodrigo Assumpção Vargas.Este grupo é alvo da operação Hygea que investiga suposto esquema de pagamentos de proprinas relacionadas ao Plano de Saúde dos Servidores (Plansaúde) e a montagem de uma estrutura voltada para a lavagem do dinheiro, desviado dos cofres públicos e integralizado ao patrimônio dos investigados, que incluem Thaís de Carvalho Costa, Benedito Dilson, Rômulo Marinho, Júlio Kener Bilac, Igor Prado e Fernando Noleto..