A sessão legislativa desta quarta-feira, 15, na Casa de Leis foi suspensa para abrir espaço para sessão pública. Na ocasião, os deputados abriram espaço para ouvir representantes de movimentos que protestavam contra os cortes de nas instituições públicas federais de ensino. Durante sua fala, o deputado Júnior Geo (Pros) comentou que o corte na educação atinge desde a educação básica ao ensino e pesquisa. "Temos um representante na frente do governo que prefere investir em militarização do que em educação. Não sei onde ele ver que investimento na área militar é a solução das escolas".A deputada Luana Ribeiro citou o exemplo da educação de Cigapura, que era um país subdesenvolvido e através do ensino, segundo ela, trouxe evolução para o lugar. "Educação é a base da sociedade. Quando você quer acabar com uma nação, você tira a educação. Não temos como falar de Educação sem lembrar de Paulo Freire, que disse que se não investíssemos nela, teríamos que investir em presídios”.O deputado Zé Roberto (PT) mencionou que a luta do Brasil é para o povo tirar o governo Jair Bolsonaro (PSL) do poder. "Quando ataca a educação é muito claro: eles não querem que as pessoas saiam do senso comum e comecem a pensar de forma crítica".O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Roque, destaca que o ato nacional em prol da educação vai contra os cortes na área. “neste primeiro momento os cortes é inicialmente no ensino superior, mas os cortes chegarão também à educação base, portanto, não podemos ter uma educação de qualidade sem investimento. Essa é uma situação que vai levar muitas universidades a fecharem as portas e isso é tirar a oportunidade de muitos jovens terem acesso a ela”.O representante ainda falou sobre a Reforma da Previdência, que segundo ele não irá trazer benefícios para os trabalhadores. “Não podemos nos calar diante desse projeto que é chamado de nova reforma. Ele não é novo, é o desmonte da aposentadoria. Um professor com 65 anos dentro da sala de aula, com certeza não terá mais as condições físicas e psicológicas para ministrar as aulas que aqueles jovens esperam”.Após as discussões a respeito do tema, a sessão popular foi encerrada e logo em seguida aberta a legislativa, porém, minutos depois foi finalizada por falta de quórum para a deliberação das matérias do dia.EntendaAs paralisações contra o bloqueio de gastos na educação acontecem em diversas cidades do País. Isto porque em abril deste ano, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias. -Imagem (1.1798547)