A CPI do HSBC aprovou nesta terça-feira, 30, a quebra de sigilo fiscal e bancário de 16 brasileiros suspeitos de manter contas irregulares no banco com sede na Suíça. Entre eles, estão dois ex-diretores do Metrô de São Paulo investigados no caso do cartel de trens, Paulo Celso Mano Moreira e Ademir Venâncio de Araújo.

Ambos são acusados de improbidade administrativa pelo Ministério Público do Estado e teriam aberto contas no banco suíço na época em que estavam na diretoria da estatal.

O colegiado, porém, rejeitou três requerimentos, como o que pedia a quebra de sigilo de Dario de Queiroz Galvão Filho, um dos empreiteiros presos na Operação Lava Jato. O empresário Benjamin Steinbruch, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), também foi poupado.

A aprovação da quebra de sigilo gerou debate na CPI. Senadores questionaram o uso do artifício, já que o colegiado ainda não teve acesso aos dados oficiais da investigação e se baseia em informações divulgadas pela imprensa. O senador Ciro Nogueira (PP-PI), por exemplo, defendeu que a decisão era "uma temeridade e uma precipitação" e que só tinha como objetivo criar um fato político para a CPI.

Diante da polêmica, os senadores optaram por não apreciar 27 requerimentos para que CPI pudesse pedir mais esclarecimentos antes de decidir pela quebra de sigilo.