O corregedor-Geral da Segurança Pública Wanderson Chaves de Queiroz arquivou a Sindicância Decisória de nº 028/2020 instaurada no dia 21 de outubro do ano passado pela antiga cúpula da Secretaria da Segurança Pública (SSP) contra o delegado da polícia Civil Gregory Almeida Alves do Monte, ex-membro extinga Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (DRACMA).

Em 2019, ele se tornou um dos primeiros delegados punidos pelo estatuto imposto pela antiga cúpula com 21 dias de suspensão, com corte de salário, por “insubordinação” e referência "desrespeitosa" aos superiores, durante sua batalha administrativa e judicial para permanecer na força-tarefa da Operação Catarse, que investigava fantasmas no governo estadual, após extinção arbitrária do grupo.

Esta decisão de agora, publicada no Diário Oficial de quarta-feira, 30, é referente ao que o relatório final de uma correição extraordinária realizada pela antiga cúpula na Divisão Especializada de Repressão à Corrupção (Decor) – que substituiu a Dracma. À época, a corregedoria imputou  Gregory do Monte  duas infrações disciplinares na conclusão dos trabalhos, a primeira uma “suposta ausência de impulsionamento de procedimentos em tramitação” na delegacia.

Também lhe imputava “suposta inobservância das normas de declínio de atribuição previstas no Regimento Interno da Secretaria da Segurança Pública”. Ou seja, ele teria atuado em atos na unidade mesmo após ter sido removido da unidade naquelas designações de 126 delegados em novembro de 2019, que acabaram sendo alvos da investigação da Polícia Federal e levaram ao afastamento do governador Mauro Carlesse (PLS) e toda a então cúpula da SSP.

O relatório final da Corregedoria Adjunta na sindicância pede o arquivamento da apuração disciplinar “diante da não caracterização de qualquer irregularidade funcional”, por parte do delegado investigado, e o despacho do corregedor-geral aponta a “inexistência de elementos” que configuram infração disciplinar.

Com expertise em invetigação de crimes contra a administração pública, Gregory atuou como delegado de polícia no Piauí, por dois anos e desde 2017 exerce o cargo no Tocantins. Atuou como delegado-adunto da Dracma de novembro de 2018, depois transformada na Decor, até novembro de 2019, à frente de grandes operações policiais. Na designação de Carlesse, acabou na 4ª Delegacia de Palmas, na periferia da capital.