Servidores públicos estaduais e representantes classistas fizeram na tarde desta terça-feira, 1º, no plenarinho da Assembleia Legislativa, uma mobilização para pressionar os deputados estaduais quanto à concessão da data-base conforme definido pelas constituições Federal e Estadual e as demais leis tocantinenses que regem o tema. Contrariando o desejo dos sindicatos quanto à aprovação da data-base 5,0747%, os deputados aprovaram, durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça, o projeto de data-base de 1% proposto pelo executivo.A mobilização aconteceu durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça, presidida pelo deputado Ricardo Ayres (PSB) e também relator das Datas-bases da Assembleia e Defensoria. Os projetos de leis aprovados agora seguem para a Comissão de Finanças onde já estão sendo analisadas as datas-base do Judiciário e do Ministério Público Estadual. Depois de votada nesta comissão, serão analisadas na Comissão do Direito do Consumidor e Serviço Público.A Comissão de Finanças reúne nesta quarta-feira, 2, às 8 horas, e os servidores prometeram retornar para articular com os deputados. “Não iremos aceitar esse índice de 1% aprovado agora a pouco, iremos continuar mobilizados”, afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro, que convocou os servidores para acompanhar a votação na Comissão de Finanças.Antes da aprovação, Pinheiro informou que os deputados estavam resistentes quanto às reivindicações dos sindicatos. “Estamos tendo muita resistência por parte dos deputados porque eles não querem suspender a sessão no sentido de interromper a votação dessa matéria que é o projeto da data-base de 1% proposto pelo Governo, e nós queremos que os deputados suspendam essa votação, retire essa matéria de pauta, para poder dar tempo dos sindicatos negociarem com o Governo já que o mesmo não abriu esse espaço de negociação antes de mandar essa matéria para Assembleia”, disse.AssembleiaDe acordo com o deputado Ricardo Ayres, à CCJ cabe apenas a proceder à análise quanto à constitucionalidade ou não da matéria. "Essa matéria deve ser aprofundada na Comissão de Finanças, a quem cabe analisar o mérito do projeto. Até porque algumas matérias já estavam na Comissão de Finanças", disse o deputado, referindo-se às datas-bases do MPE e TJ.