Por unanimidade o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou hoje o pedido de cassação do mandato de André Vargas (sem partido-PR). O relatório do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) foi apresentado no último dia 5, recomendando a punição do parlamentar, investigado por manter relações com o doleiro Alberto Youssef e por intermediar, com o Ministério da Saúde, contratos em favor do laboratório Labogen, de Youssef. O doleiro foi preso em março pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato, por participação em esquema de lavagem de dinheiro. Delgado esperava ter aprovado o parecer no início do mês, mas o pedido de vista por quatro parlamentares adiou a análise do caso por duas sessões do plenário. A expectativa era que o parecer fosse votado somente em setembro. Com a decisão de hoje, Vargas pode recorrer em cinco dias úteis à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com efeitos suspensivos. CassadoEm nota, Vargas confirmou que vai recorrer à CCJ. O ex-deputado garantiu, no colegiado, que não houve quebra de decoro e disse que o processo foi conduzido com açodamento e politização excessiva. Ele havia antecipado, no início deste mês, que recorreria à CCJ e ao Supremo Tribunal Federal (STF) por considerar que houve cerceamento de seu direito de defesa. No início da tarde, para tentar ganhar tempo e formar o quórum mínimo de 11 parlamentares presentes, o colegiado inverteu a ordem da pauta e antecipou o depoimento do gerente da agência da Caixa Econômica Federal no Anexo 4 da Câmara dos Deputados, Douglas Alberto Bento. A cobertura completa do assunto você confere na edição do JTo de amanhã nas bancas e neste site.