Dados divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) apontam uma taxa de aprovação de 27% dos candidatos de Tocantins que prestaram o 33º Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no final do ano passado.

Conforme os números, tiveram êxito no exame 545 candidatos entre os 2.018 que apareceram para a segunda etapa, incluindo aqueles que pediram reaproveitamento.  Do total, 229 usaram pontos da primeira fase de uma edição passada e ingressaram diretamente na segunda fase (o reaproveitamento) .  

É o melhor desempenho dos bacharéis do Estado desde a unificação da prova em 2010. O índice mais próximo (25%) é de 2011, ano da 6ª edição da prova.  Nas duas últimas duas edições as taxas alcançaram 13,7% (31ª) e 14,7% (32ª). A OAB afirma que finaliza a 34ª edição e por isso não tem dados compilados. 

A taxa coloca o Tocantins em 22º lugar entre os 27 estados em percentual de média de aprovação. Os líderes são o Ceará e Sergipe, com 37%, seguido por Rio Grande do Sul e Santa Catarina, ambos com 36% e Minas Gerais, com 35%. Na outra ponta, com menor percentual de aprovação estão Amapá (22%), Mato Grosso (25%) e Amazonas (25%).

É requisito para ter registro na ordem a aprovação no exame da OAB, permitido a estudantes no último ano do curso de graduação em direito ou dos dois últimos semestres do curso reconhecido pelo Ministério da Educação.

Desempenho dos alunos por cursos

De acordo com os dados divulgados, os candidatos da Unitins de Dianópolis, no Sudeste, tiveram o melhor desempenho proporcionalmente  entre inscritos e aprovados. Dos 17 que se submeteram ao exame, 9 tiveram êxito, o que dá um percentual de 53%. Da Unitins de Palmas, a taxa de aprovação ficou em 51%, o que corresponde a 18 dos 35 inscritos. Em seguida, a UFT de Palmas conseguiu 45%, com a aprovação de 22 candidatos entre 49 que fizeram o exame.

Avaliação da OAB Nacional

Por meio da assessoria de imprensa, o conselho considera o índice ainda baixo, apesar do aumento gradual no percentual de aprovados, o que pode indicar melhoria “tímida” na qualidade dos cursos de direito. A OAB Nacional reprova boa parte dos cursos recém-autorizados pelo Ministério da Educação, diz o comunicado da ordem, e considera que ainda é preciso “avançar muito na formação de futuros advogadas e advogadas”.

Presidente da Comissão Nacional de Exame de Ordem, Marco Aurélio Choy avalia, por meio da assessoria, que o exame confere equidade à advocacia.

Confira na tabela o desempenho dos candidatos por instituição e a série histórica da média de aprovação.