Após o juiz Sergio Moro marcar a data do interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o julgamento do petista ficou mais próximo.

Isto porque o interrogatório do réu é uma das últimas fases do procedimento penal. Depois desta etapa, o juiz abre prazo para pedidos de diligências complementares e, na sequência, para as alegações finais das defesas e da acusação. Em seguida, ele pode dar a sentença.

Na última sexta-feira (3), Moro agendou o interrogatório de Lula para o dia 3 de maio.

Nesta data, ele será questionado pelo juiz na condição de réu na ação sobre o tríplex no Guarujá -o petista é acusado de ter se beneficiado de desvios da Petrobras na compra e reforma do imóvel, assim como no transporte de seu acervo presidencial após a saída do Planalto.

Lula nega as acusações, ressalta que não comprou o apartamento e diz ser perseguido politicamente pela Operação Lava Jato.

Além do ex-presidente, também serão interrogados, no final de abril, os réus Leo Pinheiro, Agenor Medeiros, Paulo Gordilho, Fábio Yonamine e Roberto Moreira Ferreira, da OAS; e Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula.

Moro também determinou, na mesma decisão, a extinção da punibilidade da ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro, que também era ré na ação.