O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, rebateu as críticas que sofreu do pastor Silas Malafaia. O líder evangélico o acusou de trabalhar contra a nomeação do ex-advogado-geral da União André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Falta informação a esse pastor sobre a nossa atuação“, disse Nogueira nesta segunda-feira (11) a jornalistas no Piauí, onde passa o feriado de Nossa Senhora Aparecida.“Não estou entendendo [as críticas de Malafaia]. Sou um auxiliar do presidente da República e toda a sua determinação será cumprida sempre“, afirmou.Presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Malafaia publicou um vídeo nas redes sociais cobrando manifestações públicas de apoio a Mendonça do ministro-chefe da Casa Civil, a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, e o ministro das Comunicações, Fábio Faria.“Como pode, gente? A Folha de São Paulo dizendo que Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, um dos mais importantes cargos políticos, vai jantar com Renan Calheiros, o cara que quer destruir Bolsonaro por interesses políticos”, afirmou o líder evangélico.E completou: “Se o senhor [Ciro Nogueira] não foi jantar com ele, e se o senhor Ciro Nogueira é a favor da indicação de André Mendonça, convoque a imprensa, não é pra mim não. O senhor é obrigado a vir a público dar uma satisfação”.A fala de Malafaia faz referência à reportagem da Folha que diz que “Centrão quer novo nome para o STF e abre crise entre evangélicos e Bolsonaro”. No texto, é descrito que em 2 jantares, os 3 ministros teriam tentado viabilizar Alexandre Cordeiro de Macedo, presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), para vaga no STF.Ao Poder360, Ciro Nogueira, Fábio Faria e Flávia Arruda negaram a informação. O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas, outro citado na reportagem da Folha, também negou o conteúdo da publicação por meio de post nas redes sociais.Mendonça aguarda desde julho a sua sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. O ex-AGU foi o nome “terrivelmente evangélico” escolhido por Bolsonaro, mas enfrenta resistência do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da CCJ.BOLSONARO PRESSIONANo domingo (10), o presidente criticou o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) por travar a sabatina de André Mendonça no Senado.Bolsonaro disse que “isso não se faz” e que é sua a competência de escolher um nome para o STF.“Está indo para 3 meses que está lá no forno o nome do André Mendonça. Quem não está permitindo a sabatina é o Davi Alcolumbre, pessoa que eu ajudei por ocasião das eleições”, afirmou Bolsonaro em entrevista à imprensa no Guarujá (SP).Alcolumbre tem o poder de agendar a audiência com o indicado ao STF por presidir a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. É nesse colegiado que Mendonça será sabatinado para, só depois, ter o nome analisado pelo plenário.