O presidenciável Ciro Gomes (PDT) reagiu à operação da Polícia Federal desta quarta-feira (15), atacou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e falou em ordem judicial abusiva."Até esta manhã eu imaginava que vivíamos, mesmo com todas imperfeições, em um país democrático. Mas depois da Policia Federal subordinada a Bolsonaro, com ordem judicial abusiva de busca e apreensão, ter vindo a minha casa, não tenho mais dúvida de que Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade."A Polícia Federal deflagrou operação na manhã desta quarta (15) contra desvios de recursos públicos nas obras do estádio Castelão, no Ceará.A PF cumpre 14 mandados de busca e apreensão determinados pela Justiça, tendo entre os alvos os irmãos Ciro Gomes, pré-candidato a presidente, e o senador Cid Gomes, ambos do PDT.Segundo nota da polícia, as suspeitas são de "fraudes, exigências e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos decorrentes de procedimento de licitação para obras" no estádio, entre os anos de 2010 e 2013.Lúcio Gomes, outro irmão da família, também sofreu busca e apreensão.O juiz Danilo Dias Vasconcelos de Almeida, da 32 Vara Federal do Ceará, determinou o afastamento do sigilo telefônico, bancário, fiscal e telemático dos irmãos e de outros alvos.Segundo os documentos, a investigação é em cima de pagamento de propinas a servidores públicos e agentes políticos do governo do Ceará na gestão do então governador Cid Gomes.De acordo com a PF, a fraude teria ocorrido para que a Galvão Engenharia obtivesse êxito no processo de licitatório para realizar reformas no estádio. O valor da concorrência foi de R$ 518 milhões, oriundos do BNDES.Há ainda suspeita de que na fase de execução contratual tenham sido pagas vantagens indevidas para que o governo estadual repasse valores que estavam supostamente retidos.A polícia fala na representação que há indícios de que a propina era paga muitas vezes disfarçada de doações eleitorais para Cid Gomes e os irmãos Ciro Gomes e Lúcio Gomes.