“No Brasil, é coisa rara o racismo”, a afirmação foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro em entrevista ao programa Luciana by Night, da apresentadora Luciana Gimenez. A atração foi ao ar na noite de terça-feira, 7, na Rede TV. Antes da declaração, os dois conversavam sobre as acusações de o presidente ser racista e homofóbico. Ele se defendeu dizendo que em 1978 salvou um soldado negro de afogamento e recebeu uma medalha do Exército pelo ato. Segundo Bolsonaro, se fosse racista, de fato, teria ficado de braço cruzado.

Quando perguntado pela apresentadora sobre por que não contou essa história nos momentos das críticas e acusações, Bolsonaro considerou que seria apelativo. E depois disse: “Tentam o tempo todo jogar negro contra branco, homo contra hétero, pai contra filho. Desculpe o linguajar de um presidente da República, mas isso já encheu o saco”.

A despeito da declaração do presidente,  as pesquisas sobre o assunto apontam para outra realidade. No Brasil, segundo o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência, o risco de um jovem negro ser vítima de homicídio no Brasil é 2,7 vezes maior que de um branco.