O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse neste sábado, 17, que o Brasil tem um compromisso "com esse rico e sagrado pedaço de terra" que é a Amazônia, criticou todos aqueles que, segundo ele, tentam tirar a soberania da região e falou que o País vencerá a "guerra da informação".Nos últimos dias, o mandatário recebeu críticas da comunidade internacional sobre sua política ambiental e sobre os dados sobre desmatamento, que culminaram com a demissão do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, e com a suspensão de repasses de recursos da Alemanha e da Noruega para o Fundo Amazônia."Nós temos um compromisso com esse pedaço de terra, mais rico e sagrado do mundo(Amazônia)", disse o presidente em seu discurso durante solenidade na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende, no Rio de Janeiro, de entrega de espadins a 411 cadetes do 1º ano.Segundo o presidente, alguns países - sem citar nominalmente a Alemanha e a Noruega - estão tentando ganhar a guerra da informação, a fim de que o Brasil perca a soberania sobre essa Amazônia."Mas vamos ganhar essa guerra da informação", emendou Bolsonaro, destacando que não há honra, gratidão ou satisfação maior do satisfação maior do que "nossa missão cumprida".Citação a Enéas CarneiroAntes de fazer a defesa da Amazônia em discurso na Aman, o presidente publicou neste sábado, em sua conta pessoal no Twitter, um vídeo com críticas feitas pelo falecido deputado federal Enéas Carneiro, sobre a atuação de outros países em relação à região. "Nos últimos 22 anos (1995 a 2016), o Brasil foi saqueado e transformado num anão em suas relações internacionais. Enéas Carneiro, sargento do Exército e médico, nos dá a certeza da urgência de nos preocuparmos com a rica e cobiçada Amazônia", disse Bolsonaro em seu post.Eleição presidencial na ArgentinaNo breve pronunciamento na cerimônia ocorrida em Resende, o presidente voltou a falar no processo sucessório na Argentina, onde o atual presidente e aliado, Mauricio Macri, perdeu as primárias para a chapa de oposição, liderada por Alberto Fernández e que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como vice, e pode não ser reeleito no pleito de 27 de outubro."Pedimos a Deus que a Argentina saiba proceder através do povo para não retroceder", destacou. Entre as autoridades presentes ao evento da manhã deste sábado na Aman, estavam o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e os governadores do Rio, Wilson Witzel (PSC), de São Paulo, João Doria (PSDB), e de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).