O assessor parlamentar da Câmara de Palmas, Alcimar Souza da Silva, 49 anos, está preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP) desde a quarta-feira, 11 de agosto. Com inquérito autuado por porte ilegal de arma, ele passou por audiência de custódia no dia seguinte, quando o juiz Cledson José Dias Nunes deixou de decretar a soltura, porque há um mandado de prisão contra ele, expedido pela 1ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri da comarca de Goiânia (GO).Na audiência, o juiz concedeu liberdade provisória em relação ao porte ilegal de arma, mas, como no mesmo ato, a polícia cumpriu mandado de prisão em aberto, ele deve permanecer preso. Conforme o Portal da Transparência da Câmara de Palmas, Alcimar Souza da Silva exerce o cargo em comissão de assessor parlamentar desde o dia 8 de março deste ano e está lotado no gabinete da presidente da Câmara Municipal de Palmas, Janad Valcari (Podemos). Ele tem uma remuneração de R$ 3,8 mil e recebe mais R$ 600 de verbas indenizatórias.Na audiência, o assessor afirma que saía de casa para o trabalho por volta das 7h30 e dez minutos depois seria preso. Ao juiz ele negou que tenha sofrido qualquer agressão ao ser preso ou na delegacia, ao ser interrogado. Ao ser informado pelo juiz que havia sido preso por ordem de Goiás, o assessor demonstrou surpresa. "Zero conhecimento [do mandado de prisão]. Isso foi uma surpresa. Eu morei por mais de 13 anos nesse endereço então nunca me procuraram. Acabou o serviço lá [em Goiás] eu vim trabalhar em Palmas, porque eu sou daqui do Tocantins. E agora chegou esse mandado. E olhe que eu só trabalho no meio de polícia. Eu sou segurança porque eu sou ex-policial. Então, realmente, me foi o fator surpresa de ontem".Alcimar é tocantinense de Itaporã a 237 km de Palmas, noroeste do Estado, onde nasceu no dia 1 de janeiro de 1972.O JTO chegou no sistema processual do TJGO (Tribunal de Justiça de Goiás) que Alcimar é réu em processo de homicídio simples, cometido no dia 14 de janeiro de 2001 contra a vítima identificada pelas siglas L.B.A. Após denúncia do Ministério Público de Goiás, a Justiça recebeu a ação penal e tornou Alcimar réu no dia 2 de agosto de 2001. O processo ficou suspenso por anos, até que no dia 5 de agosto deste ano, o juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva, da 1ª Vara Criminal dos crimes dolosos contra a vida e Tribunal do Júri, expediu mandado de prisão preventiva contra ele, com prazo de validade até 21 de maio de 2022. Na audiência de ontem, Silva também afirmou que atua como segurança de políticos, mas não citou o nome da vereadora Janad Valcari. “Eu hoje sou segurança de uma pessoa grande da cidade, político grande, segurança pessoal dessa pessoa desde o início do ano, então está tudo bagunçado”, declarou. O Jornal do Tocantins aguarda posicionamento da Câmara de Palmas sobre o assunto. A reportagem também tentou contato com a vereadora Janad Valcari, mas as chamadas, via celular, foram direcionadas à caixa de mensagem.