A secretária municipal de Saúde de Araguaína, Ana Paula dos Santos Andrade Abadia, publicou aviso que irá executar emergencialmente, por meio de dispensa de licitação, a construção de um hospital de campanha para atendimento exclusivo de pacientes com Covid-19. Segundo o Termo de Referência, enviado ao JTo pela secretária após pedido por e-mail, a construção deverá ter, no mínimo, 40 leitos clínicos e 20 leitos UTI.
 
A construção tem custo estimado de R$ 9.700.000,00. Pela justificativa do município, cada metro quadrado da obra custará em média R$ 5,7 mil. A inspiração do caçulo é o Centro Hospitalar da Fiocruz, construído no Rio de Janeiro, com área construída fixa de 9.800m² e despesa de R$ 56.800.000,00.
 
Conforme a documentação, a construção será definitiva com durabilidade mínima de 20 anos, garantia de legal de 5 anos e deve ser entregue no máximo em 45 dias. As edificações "serão no futuro parte integrante do Hospital Municipal Eduardo Medrado", segundo edital.  Serão duas áreas, de atendimento hospitalar com área entre 1.100 e 1.300 m² e o de serviços com área entre 300 e 400 m2. 
 
A dispensa de licitação para execução indireta, em regime de empreitada por preço global, está embasada na Lei Federal 13.979/2020, que trata das medidas para enfrentar a pandemia do novo coronavírus.
 
Araguaína é o epicentro da doença no Tocantins e concentra 2.850 casos, 40.87% do total de todo o Estado, com  33 mortes (25% do total). De acordo com a documentação, o município de Araguaína conta com 67 leitos clínicos e 31 leitos de UTI, totalizando 98 leitos, para uma população de 200 mil habitantes. A estimativa é chegar a 2 milhões de habitantes levando em consideração a população das cidades vizinhas "que não possuem suportem necessário para o atendimento dos acometidos pela doença buscam tratamento e internação no município", registra o termo de referência. 
 
De acordo com a Prefeitura, a contratação proporcionará vários benefícios como "efetividade, economicidade, prazo exequível do serviço e qualificação técnica. Também defende que diante do atual cenário que se apresenta e o eminente colapso do sistema de saúde brasileiro "torna-se viável a contratação da empresa para a construção do hospital de campanha, sendo uma necessidade publica para o combate e tratamento da pandemia".