O presidente Jair Bolsonaro enfrenta uma deterioração na sua taxa de aprovação, segundo revela pesquisa divulgada nesta sexta-feira (05) pela XP Investimentos.

Embora as variações tenham sido dento da margem de erro do levantamento, realizado de 1 a 3 de abril, as curvas de aprovação e reprovação mostram nitidamente uma trajetória ruim para Bolsonaro a partir de fevereiro.

Em fevereiro ele era aprovado por 40% dos que responderam à pesquisa da XP. Depois, em março, oscilou para 37%. Agora, está em 35%.

Como se observa, são pequenas oscilações na margem de erro a cada mês. Se fosse apenas uma pesquisa não seria possível dizer o que se passa. Mas como há uma sequência de estudos realizados com o mesmo levantamento, a tendência fica clara e é possível dizer que houve uma piora.

O mesmo se passa com a reprovação. Em fevereiro, ela era de 17%, passando a 24% em março. Em abril, ela atingiu 26%, oscilação dentro da margem de erro, mas que confirma a trajetória de alta no indicador. A proporção dos que consideram o governo regular, 32%, se manteve entre março e abril. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Eis outros dados revelados pela pesquisa:
Previdência:
oscilou 3 pontos para baixo a percepção da população de que a reforma é necessária, embora a maior parte continue defendendo a mudança. Em março 64% concordavam com a afirmação de que é preciso fazer uma reforma da Previdência. Em abril, eram 61%.

Confiança nas instituições: as instituições que desfrutam da menor confiança ainda são os partidos políticos. Cerca de 89% dizem não confiar neles. Em oposição, as forças armadas são a instituição com o maior nível de confiança: 66% dizem que podem confiar nela

Nova política: 55% dos entrevistados responderam que o Brasil vive uma “nova política”. Do outro lado, 39% não concordam com essa interpretação

METODOLOGIA
A pesquisa divulgada pela XP Investimentos foi realizada pela empresa Ipespe. O levantamento se deu nos dias 1 a 3 de abril de 2019, com 1.000 pessoas em todo o país (não está detalhado o número de cidades atingidas nem as UFs incluídas). Segundo, o relatório do trabalho (leia a íntegra), a margem de erro é de 3,2 pontos percentuais e as entrevistas foram feitas por telefone.