O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, apareceram juntos em público pela primeira vez nesta terça-feira (11) após o vazamento de mensagens entre o então juiz federal e integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato.Os dois tiveram uma reunião pela manhã de menos de 30 minutos no Palácio da Alvorada e depois seguiram de lancha para evento da Marinha, no Grupamento de Fuzileiros Navais, às margens do Lago Paranoá, no qual Sérgio Moro foi condecorado com a medalha da Ordem do Mérito Naval. Com a presença de outros 13 ministros, incluindo Paulo Guedes, da Economia, Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, Bolsonaro sentou-se ao lado de Sérgio Moro.Ainda na última segunda-feira (10), o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, tinha informado que o presidente se encontraria com o ministro, mas já estava descartada qualquer possibilidade de renúncia. “A importância é o presidente conhecer do próprio ministro a sua percepção, e a partir dessa conversa traçar linhas de ação, e estratégias para avançar no sentido do que tenhamos o País no rumo certo, em particular no tema economia, e obviamente outros temas que possam estar tangenciando este tema, e precisam ser solucionados o mais pronto possível”, disse.No domingo (9) o site "The Intercept Brasil" divulgou o suposto conteúdo de mensagens trocadas por ele e integrantes do MPF-PR, como o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa em Curitiba.]As conversas supostamente mostrariam que Moro teria orientado investigações da Lava Jato por meio de mensagens trocadas no aplicativo Telegram. O The Intercept afirmou que recebeu de fonte anônima o material. O site tem entre seus fundadores Glenn Greenwald, americano radicado no Brasil que é um dos autores da reportagem.De acordo com o site, há conversas escritas e gravadas nas quais Moro teria sugerido mudança da ordem de fases da Lava Jato, além de dar conselhos, fornecer pistas e antecipar uma decisão a Dallagnol.