Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira, 30, a presidente da Câmara Municipal de Palmas, Janad Valcari (Podemos), negou que ela e suas empresas sejam alvo da operação "Pisadinha", deflagrada pelo Ministério Público do Estado (MPTO). “É um mandado de busca e apreensão que tem o endereço de onde resido, mas não sou alvo da operação”, diz a parlamentar. A vereadora associa o fato da sua casa ser alvo da operação e diz sofrer “perseguição política” dos parlamentares da Capital e também da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB). “Estou sofrendo por conta da postura que tenho desde que assumi a presidência da Câmara. Estão tentando me calar”, diz. Janad afirma ser perseguida por sua atuação política e cita a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da BRK, CPI do transporte público e o relatório da saúde municipal, que segundo ela, existe superfaturamento de mais de 4.000%.Janad ressalta que recebe todos os dias ameaças de morte para que ela pare de subir na tribuna e “defenda o povo”. A vereadora disse que já lhe ofereceram milhões para que ela deixasse a cadeira da presidência.Sobre o caso, o JTo solicitou um posicionamento à gestão municipal e aguarda um retorno. Investigação A operação do MP busca desvendar supostos crimes de fraude à licitação que têm ligação com a locação de estrutura para eventos em Porto Nacional. Entre os alvos da operação, estão Ordiley Valcari, ex-esposo da parlamentar e proprietário da empresa L2 Prestacional Ltda. “Consta meu endereço porque na época ele podia ser meu esposo”, destaca e nega qualquer vínculo com o ex-marido.De acordo com a vereadora, na casa dela os agentes do Gaeco recolheram seu celular e dólares. “Como cheguei recentemente dos Estados Unidos e tinha esse dinheiro em cima da mesa, eles levaram também. Mas sobre o processo não tenho o que comentar, pois não tenho acesso e não respondo por ele”. Janad não mencionou o valor, mas comenta-se nos bastidores que seja $20 mil dólares. O Jornal do Tocantins teve acesso ao mandado de busca e apreensão expedido pela 1ª Vara Criminal, em Palmas e Porto Nacional, cidade distante 60 km da Capital. De acordo com o MPTO, as investigações dessa operação, que estão sob sigilo, são promovidas desde 2019 pela 5ª Promotoria de Justiça da Área de Defesa do Patrimônio Público de Porto Nacional. Operação Segundo o mandado de apreensão que o JTo teve acesso, a 1ª Vara Criminal de Porto Nacional ordenou a busca e apreensão de materiais de informática e comunicação, smartphones, celulares, tablets e computadores na sede da Pro 2 Locações de Estruturas Eireli, na quadra 901 Sul, administrada por Carlos Araújo de Lima, em Palmas; na quadra 205 Sul, na casa de Daniela Dias Fernandes de Lima, sócia da empresa Pro 2 - apontada como laranja - e seu esposo Carlos Araújo de Lima; na 802 Sul, na empresa L 2 Prestacional Ltda; na 205 Sul, na casa de Ordiley Valcari real, proprietário e administrador da empresa L 2 Prestacional Ltda; e no Jardim Taquari, na casa de Jonas Sousa Ribeiro, sócio da empresa L 2 Prestacional Ltda.