Seguranças da Assembleia Legislativa confiscaram o crachá fornecido pela Casa para a jornalista Aline Sene, que atua pelo Sindicato dos Servidores Públicos (Sisepe), durante a votação vespertina dos projetos de lei que fixam a data-base dos servidores do Executivo, Judiciário, Ministério Público (MP) e Defensoria Pública.

Aline acompanhava a votação no Plenário da casa credenciada pelo Sisepe e transmitia flashes da votação e movimentação dos parlamentares em uma lista de transmissão do whatsapp, composta por vários repórteres de veículos, quando registrou a agressão, por volta de 17h33 e anunciou que iria interromper os relatos.

"Talvez eu tenha que interromper a transmissão pois um segurança da AL acabou de tomar o meu crachá, da minha mão, que permite minha permanência no Plenário.  Não sei se continuarei aqui, pois parece que estamos passando por tempos de truculência na Casa do Povo", escreveu a jornalista, ex-repórter do Jornal do Tocantins e muito respeitada entre os colegas de profissão.

Dezesseis minutos depois, ela enviou outra mensagem afirmando que o coordenador de imprensa da Casa, o jornalista Rubens Gonçalves forneceu outro crachá. O documento é requisito para o profissional frequentar a casa e acompanha as sessões.

"Foi uma das situações mais constrangedoras que passei no exercício da profissão e sinceramente a segunda abordagem pareceu como se fosse uma questão de medir força, tipo não vamos ser intimidados por ela. Vieram três seguranças, homens, de forma abrupta e com uma abordagem truculenta", confirmou ao JTo no início da noite.

Ela não soube nominar os agressores, mas afirma acreditar que sejam terceirizados.

A coluna procurou a Assembleia Legislativa, mas não obteve posicionamento da Casa.