A mobilização de comerciantes, que organizaram até carretas - para a flexibilização das regras de isolamento social em Palmas para permitir a reabertura do comércio colocou em oposição a Prefeitura de Palmas e a Associação Comercial de Palmas (Acipa). 
 
Após ações de comunicação da entidade de divulgar pesquisas sobre eventuais demissões de 32 mil no comércio e pedido oficial ao Paço para flexibilizar o isolamento, a prefeita se reuniu na quinta-feira, 26, com empresários de diversos segmentos e deixou de convidar o presidente da Acipa, Joseph Madeira. 
 
Na mesma quinta-feira, o dirigente gravou vídeo externando a defesa da flexibilização do decreto, para comércios sem aglomerações e, segundo ele, "respeitando todas as normas de segurança e de saúde para colaboradores e público". 
 
Mais tarde a prefeita tuitou, sem citar nomes, ter recebido vídeo de "uma reunião com presidente de uma importante associação de Palmas" com convite para comerciantes a invadirem as ruas e ao descumprimento da quarentena. 
Madeira compartilhou a postagem e cobrou explicações da gestora. "Como a senhora não cita nomes e não coloca o vídeo em questão, muitas pessoas estão achando que o presidente da associação à qual a senhora se refere sou eu. O que não é verdade", escreveu, afirmando que a mensagem causava desinformação e pediu esclarecimento. Ficou sem resposta, ao menos nas redes.

Equilíbrio necessário

Assim como Paraíso, Araguaína e Guaraí, os comerciantes pressionam para quebrar o isolamento social, após as falas irresponsáveis do presidente da República. 
 
Depois do primeiro encontro entre empresários e da mobilização de sexta-feira, hoje, resta ver a postura da gestão municipal, em ser responsável e encontrar o diálogo salutar com todos os impactados e, de forma equilibrada, decidir a favor da vida. Sempre.
 
O duro vai ser contornar as rivalidades políticas que parecem estar por trás dess indireto embate e que o momento exige.