Por quatro votos a três, o pleno do Tribunal de Contas (TCE) rejeitou o recurso interporto pelo conselheiro Alberto Sevilha, que buscava suspender o concurso do tribunal. 

O recurso tentava mudar a decisão do presidente conselheiro Napoleão Sobrinho que indeferiu um requerimento assinado pelos conselheiros Alberto Sevilha, Manoel Pires dos Santos, Severiano José Costandrade de Aguiar e André Luiz de Matos Gonçalves.

O requerimento apareceu após a contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para realizara as provas,  com um pedido expresso para suspender o certame. Entre outros pontos, o recurso aponta como falhas a “inobservância da cláusula de reserva de plenário” – quando o Pleno teria de ditar as regras do concurso e não o presidente, e porque a comissão do concurso tem um conselheiro substituto.

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Após o extenso voto do relator, Napoleão Sobrinho, o conselheiro Wagner Praxedes adiantou o voto com o relator, para manter o concurso e depois acabou substituído pelo conselheiro Orlando Alves da Silva. Acompanharam a maioria os conselheiros substitutos Marcio Aluízio e Jesus Luiz.

Contra o concurso e a favor do recurso, votaram os conselheiros Severiano Costandrade, Manoel Pires e Leondiniz Gomes.

Pedido de desculpas pelo bate-boca de março

Durante a votação, Severiano pediu desculpas a Napoleão Sobrinho "se" o presidente tiver entendido que houve excesso de Costandrade durante o bate-boca entre os dois na sessão do dia 23 de março. "Não é do meu feitio", disse. 

Severiano justificou o voto pelo provimento do agravo ao dizer que o concurso vai trazer "dificuldades para o futuro do Tribunal".

Críticas à imprensa

Ele e Manoel Pires atacaram a cobertura da imprensa sobre a atuação do tribunal e o conselheiro Pires chegou a afirmar que as informações, como pareceres e o próprio recurso, que estão públicas no sistema e-contas, do TCE, pudessem ter sido vazadas pela assessoria do órgão.

O próximo passo do concurso é a publicação do edital, ainda sem prazo estabelecido.