Os sucessivos escândalos policiais que recaíram sobre a Polícia Civil, após investigações da Polícia Federal afetam ou não a imagem da pasta da Segurança Pública do Tocantins?

Quais medidas internas e externas o governo estadual adotou ou pretende adotar para evitar que haja mais escândalos na Polícia Civil do Estado e a sociedade possa confiar na integridade das investigações e na atuação da corporação?

Existe um programa ou ação do órgão em andamento neste momento para controlar a atuação da corporação e evitar que casos assim se repitam?

Estas são as questões que o JTo expôs para a Secretaria da Segurança Pública (SSP) diante do que se sabe até agora do que era praticado por carreiristas da instituição.

As investigações em curso apontam que a Polícia Civil tocantinense tem sido usada para blindar gestores contra investigações com base em suspeita de corrupção, com escutas clandestinas de oposicionistas, vazamentos de relatório de inteligência, monitoramento e perseguição a policiais que cumprem seu papel investigatório, planejamento e execução de falso flagrante para incriminar desafeto do chefe do Executivo e até mesmo um grupo de extermínio com código de morte próprio, montado por policiais.

Permeia os sucessivos escândalos, conforme investigações da Polícia Federal, nomes da antiga cúpula da SSP, dezenas de delegados, agentes e escrivães da Polícia Civil.

Para a Secretaria da Segurança Pública nada disso afeta a imagem da corporação. “Ressaltamos que não há qualquer crise na imagem da instituição”, diz o órgão, em nota à coluna.

Na visão da pasta, os fatos pontuados ocorreram na gestão passada. “A atual gestão tem fortalecido e intensificado o trabalho da  Corregedoria da Segurança Pública para evitar que outras situações ocorram, bem como aplicar sanções às que já tenham ocorrido”.

O órgão lembra que os casos seguem investigados pelas autoridades competentes e que há procedimentos administrativos internos instaurados para apurar a conduta de todos os envolvidos.

A instituição, diz a nota, “é formada por valorosos homens e mulheres que honram a Polícia Civil e que atuam diuturnamente na defesa da segurança pública e que não podem ser tachados por ações isoladas.”