O delegado-geral da Polícia Civil Rossílio de Sousa Correia deu esta semana a sua contribuição para o desmonte das investigações da Polícia Civil, em especial, a que apura a existência de servidores fantasmas na Assembleia Legislativa.  É dele o memorando 019/2019, do dia 16, que revoga a ordem de missão policial que criou, em 5 de dezembro de 2018, a força-tarefa composta pelos delegados Gregory Almeida, Wanderson Queiroz e Cassiano Oyama na 1ª Delegacia da Capital  para a “caça fantasmas” (Operação Catarse).

De memorando a memorando

Contra o desmonte, os dois delegados pediram ao chefe a reconsideração da revogação via memorando nº 03/2019. Nele, os deltas lembram que a missão foi criada sem um tempo específico, mas seria natural que durasse o período necessário para a conclusão das investigações. “Fomos surpreendidos com a revogação não motivada”, queixam-se a dupla, no documento. Eles pediram a revogação em razão das diligências pendentes e se comprometeram que, tão logo concluíssem as investigações, comunicariam a “desnecessidade de continuidade dos trabalhos”.

A ira de Rossílio

O contravapor do delegado-geral à iniciativa dos deltas em permanecer na força-tarefa consome, medonhamente, nove páginas. Nelas, Rossílio não apenas mantém a revogação da força-tarefa, com base na hierarquia e em argumentação jurídica-administrativa, como também desce - e muito-, a mutamba nos subordinados que, praticamente, são mandados para o corredor polonês “dos órgãos de controle competentes”.

Passa a visão no imbróglio!