Lailton Costa
Os delegados de Polícia Civil José Anchieta de Menezes Filho e Bruno Boaventura Mota, titular e adjunto da Delegacia Especializada em Investigações Criminais de Araguaína (DEIC-Norte), de Araguaína, apresentaram nesta terça-feira, 21, mais três inquéritos da Operação Catarse para análise da Justiça estadual para que sejam remetidos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Outros dois já tramitam em Brasília.
A Operação Catarse deflagrada desde dezembro pela Delegacia Especializada em Investigações Criminais de Araguaína (DEIC-Norte), da Polícia Civil, investiga a existência de servidores fantasmas - que recebiam sem trabalhar – na extinta Secretaria Geral de Governo.
O peculato
Segundo os delegados, os inquéritos apuraram indícios de autoria e provas do crime de peculato (desviar dinheiro público para si para outra pessoa), porque os investigados recebiam salários do governo estadual sem trabalhar no serviço público estadual.
Valderez e Carlesse citados
O suposto crime, conforme os inquéritos, tem coautoria de agentes políticos que detêm foro privilegiado, em virtude do cargo, por isso, o despacho dos delegados à Justiça com os relatórios, para análise se os inquéritos também serão encaminhados ao STJ.
Os políticos citados nos inquéritos são a deputada estadual Valderez Castelo Branco (PP), líder do governo na Assembleia Legislativa, e o governador Mauro Carlesse (PHS), que detém prerrogativa de foro, o que fez com que estas investigações subissem para Brasília.
Inquéritos em Brasília
Outros dois inquéritos já tramitam no tribunal, em Brasília, como mostrou a Antena Ligada, estão com vistas para a Procuradoria Geral da República (PGR). Eles apuram a contratação das investigadas Maria do Socorro Fontes de Sousa e Hayra Luana Rodrigues de Moura Luz, apontadas como fantasmas e a participação dos agentes políticos. Nesta terça-feira, os inquéritos concluídos apuram a contratação de Maria Felix Rocha, Mario Cesar Ferreira e Maria Batista de Almeida.
Outro lado
A coluna acionou a assessoria do governador e da deputada às 15h45. A deputada optou por não se posicionar. O governador estava em reunião e não respondeu até a publicação do texto.
O JTo também telefonou para os três investigados, que também aparecem em aplicativos de mensagens, por onde foram acionados Mário Cesar e Maria Felix. As mensagens foram visualizadas, mas não houve resposta. Apenas Mário César atendeu ao telefonema e disse que só poderia comentar o caso na quarta-feira, quando irá conversar com sua defesa.
O JTo não localizou Maria Batista ou qualquer telefone para contato.
Polícia civil anexa imagens da campanha
A Polícia civil incluiu nos inquéritos uma linha do tempo da nomeação dos fantasmas.
Nos inquéritos, a Polícia Civil detalha como seria a nomeação dos fantasmas. Confira a infografia.
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