Lailton Costa

A justiça estadual colheu os depoimentos do diretor-geral da Assembleia Legislativa, o advogado Antonio Ianowich, o ex-coordenador de Almoxarifado e Estoque Flávio Negreiros Alves e o ex-diretor da Diretoria de Modernização Tecnológica da Casa de Leis Danilo Parente Barros em audiência na ação penal que acusa o trio de organizar uma ação associação criminosa para desviar dinheiro da Assembleia Legislativa, por meio de nomeação fraudulenta de servidor “fantasma”.

Na audiência realizada na segunda-feira, 11, o juiz Rafael Gonçalves de Paula também ouviu as testemunhas Divino Jose Ribeiro e Marcio Carvalho da Silva. Em seguida, abriu prazo para a defesa dos réus pedir diligências que considerar necessárias a partir de circunstâncias e fatos apurados na instrução criminal.

A denúncia criminal apresentada pelos promotores da capital Edson Azambuja e Octahydes Ballan Junior, dia 7 de fevereiro de 2019, é resultado da primeira fase da Operação Espectro, da Polícia Civil.

Ianowich é apontado pela investigação como líder da organização que recrutou os outros dois para o esquema, no qual os nomeou como servidores comissionados em 2016. A nomeação de Parente ocorreu dia 7 de dezembro de 2016 retroativa ao início daquele ano e sem que tenha prestado quaisquer serviços recebeu pagamentos feitos nos dias 20 (R$ 7 mil) e 23 de dezembro (R$ 1,2 mil) de 2016 e 2 de janeiro (R$ 93,8 mil) e 1º de fevereiro de 2017 (R$ 8,4 mil).

Para viabilizar o recebimento, os dois ex-diretores inseriram 13 declarações falsas de frequência do servidor no sistema, dizem os promotores, que apontam um saque de R$ 90 mil feito por Danilo.