No ofício enviado ao governador Mauro Carlesse (DEM) pedindo parceria entre Estado e Município, a prefeita cometeu a gafe de acrescentar o sobrenome "Antonio" ao nome do governador, que se chama apenas "Mauro Carlesse".
 
E Mauro Carlesse é só Mauro Carlesse, nascido a 25 de junho de 1960, filho de Ivo Carlesse e Maria Olivia Carlesse.
 
No ofício, revelado primeiramente pelo T1, a prefeita propõe parceria para o enfrentamento ao coronavírus tenham "uma só voz" e ações efetivas e rápidas com a união dos dois níveis de gestão.

Análise da coluna

O ofício é uma resposta às críticas, inclusive deste colunista, nas redes sociais do desencontro de dados de casos investigados e descartados e de ações tanto da Prefeitura quanto do Estado, que parece revelar a busca por um protagonismo de araque no combate ao novo coronavírus. 
 
A confusão dificulta, inclusive, um noticiário preciso sobre a situação real do vírus no Estado. Na redação mesmo do Jornal do Tocantins, uma reunião virtual na quinta-feira, discutiu a forma de tratar essa disparidade numérica de modo a não confundir o leitor.
 
Pela dinâmica dos casos e dos protocolos, órgãos do município tendem a ser acionados primeiro, contabilizam os casos, remetem para o Estado e este para a União. Nesse intervalo, se o município divulga primeiro e o Estado depois, corre o risco do que se viu na quinta: o município cravando 45 casos investigados, 12 descartados e 1 confirmado e o Estado 38 investigados no Estado inteiro (e apenas 23 para Palmas). E esse é um dos desencontros pequenos ante as ações díspares de combate.
 
Espera-se que a prefeitura e Estado juntem forças e estratégias nessa hora que requer maturidade e responsabilidade, ou teremos uma tríade de patetas a nos conduzir na crise. 
 
A hora não é de protagonismo abstrato seja de um município ou do Estado, mas da coletividade, unida, para superar essa pandemia que se agiganta a cada hora e representa um desafio para o futuro da humanidade.