Após oito horas prestando depoimento à Polícia Federal em Palmas, o prefeito Carlos Amastha saiu escondido e sem falar com a imprensa. Amastha já se apresentou a sede da PF na manhã de hoje em cumprimento ao mandado de condução coercitiva a respeito da Operação Nosotros, deflagrada em novembro.O delegado federal Rodrigo Borges, que colheu o depoimento do prefeito, deve dar coletiva de imprensa ainda hoje. Uma equipe do Jornal do Tocantins está na PF acompanhando o caso. Agora há pouco, o prefeito postou em uma rede social que respondeu todas as perguntas. Oito horas respondendo TODAS as perguntas pertinentes.Confio plenamente na capacidade de análise e isenção da @PoliciaFederal .Faz parte.— CarlosFrancoAmastha (@AmasthaRompre) 1 de dezembro de 2016O prefeito havia afirmado no início da manhã que convocaria uma coletiva de imprensa após o depoimento na Polícia Federal, no entanto ele não falará sobre o depoimento segundo informou sua assessoria.OperaçãoO prefeito é investigado pela Operação Nosotros da PF, que apura um suposto esquema sobre a utilização da máquina pública do município envolvendo o processo de licitação do Bus Rapid Transit (BRT) e no Imposto de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). A suspeita é que informações privilegiadas estariam sendo passadas para empresas que participaram da concorrência, além de coações a proprietários de terras privadas para que repassem parte das propriedades para grandes imobiliárias.Amastha é alvo de um mandado de condução coercitiva para prestar esclarecimentos, expedido no dia 10 do mês passado, mas havia recorrido ao Tribunal Regional Federal 1ª Região (TRF 1) para depor em Brasília por questões de segurança e isenção política. Ontem, entretanto, o juiz responsável pelo caso decidiu que a oitiva do prefeito não seria prejudicada se acontecesse na sede da PF em Palmas e indeferiu o pedido.-Imagem (1.1163190)