Com a saída de José Serra do Ministério das Relações Exteriores, o presidente Michel Temer começou nesta quarta-feira (22) a avaliar nomes para o comando da pasta.

O peemedebista ainda não tem um substituto definido para o tucano, mas, segundo assessores e auxiliares presidenciais, deve manter a pasta sob o controle do PSDB, já que a sigla não deve continuar à frente do Ministério da Justiça.

Os principais cotados até o momento são o líder do governo no Senado Federal, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e o também tucano José Aníbal, que é suplente de Serra e agora deixa o Senado.

Em conversa com a reportagem, Aloysio Nunes Ferreira, no entanto, negou planos de assumir a pasta. "Estou bem onde estou", disse.

No Planalto, no entanto, o líder já é citado como um "nome natural para o cargo". Suplente de Serra, Aníbal é um dos tucanos mais próximos de Temer, que já defendeu que ele assuma um cargo na Esplanada dos Ministérios.

Serra entregou carta de demissão na noite desta quarta-feira (22) ao presidente Michel Temer, que aceitou o pedido. O tucano alegou problemas de saúde.

Aloysio afirmou que Serra vinha reclamando de dor a amigos, mas disse ter ficado sabendo da renúncia pela TV.

O senador comandou a Comissão de Relações Exteriores no Senado no último biênio.

Outro aliado do tucano afirmou que Serra comunicou a alguns membros do partido, ainda na madrugada desta quarta-feira, que ia pedir demissão e que mostrou os laudos de sequelas da operação na coluna.

Disse que a cirurgia foi um sucesso ortopédico, mas que continuava sentindo dores e que precisa fazer uma fisioterapia pesada. Serra avaliou que, no Senado, poderá se dedicar ao tratamento.