O ator e diretor Alexandre Frota, de 52 anos, usou seu perfil numa rede social para criticar o ator José de Abreu que cuspiu nos clientes de um restaurante de comida japonesa, em São Paulo. No vídeo, Frota considerou a ação de Abreu como um “ato covarde” e ainda convidou ironicamente a também cuspir nele.

“Eu vou mandar esse recado para o grande ator José de Abreu. Um ator que se diz tão politizado, que luta pela democracia, uma ator inteligente, empregado, que não passa nenhum tipo de necessidade como o povo brasileiro (passa)... Zé, foi muito feio, né? Você cuspiu na cara de um pai de família e de uma mãe de família. Eu pergunto para você: você acha que você agiu certo? E ainda foi ironizar o pobre casal nas sua páginas do Twitter… Agora você já até excluiu a página(a conta no Twitter). Eu acho que foi um ato covarde seu, Zé. Sabemos que você é petista, luta pelo governo de Dilma Rousseff, de Lula, que você é comunista e mama na teta dos governos com a Lei Rouanet, mas até aí tudo certo, esse é o jogo... agora, cuspir na cara, você foi filho da puta. Tô louco pra encontrar contigo, irmão. E vou te dar a minha cara pra você cuspir, Zé. Eu duvido você cuspir. E tomara que você cuspa, Zé, eu vou rezar pra você cuspir, tá bom? Esse é o recado que eu tenho pra dar pra você. Eu achei você um merda por esse ato vagabundo”.

Entenda o caso

Protagonista de polêmica cusparada em casal, que o ofendeu por suas diretrizes políticas em restaurante japonês, em São Paulo, o ator José de Abreu usou boa parte do quadro "Arquivo Confidencial", do programa "Domingão do Faustão" da TV Globo, para justificar o episódio, que ocorreu na última sexta-feira (22). Petista declarado, ele afirmou não se arrepender da reação que teve diante de xingamentos contra ele, a mãe e a esposa, que também estava no estabelecimento.  "De boca seca, eu cuspi. Queria ter cuspe, mas não tinha", declarou o artista, que exaltou não ter pensado em política naquele momento. 

"A atitude dele foi pensada. Ele poderia ter evitado. Eu não teria evitado. Não posso me arrepender de algo que não foi pensado", afirmou José de Abreu, que relatou toda a discussão com o advogado carioca e a mulher que o acompanhava. "A mulher dele que ficava o tempo todo safado e virava para a minha mulher e chamava de vagabunda. Uma mulher que chama a outra de vagabunda, não pode ser mulher", contou o ator sobre o momento que se descontrolou.  Por causa desta declaração, José de Abreu foi aplaudido com veemência pela plateia.

O casal acusava José de Abreu ser ladrão por ser petista e viver às custas da Lei de Rouanet, lei federal de incentivo à cultura. O ator relatou que foi beneficiado apenas duas vezes pela lei, uma delas durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995 e 2002).  Ele citou sua trajetória de vida, ressaltou a própria honestidade e  criticou posturas intolerantes diante de posicionamentos políticos diversos. "Grupos se juntam para hostilizar gente  que pensa diferente."

Já na reta final da entrevista, José de Abreu analisau o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo ele, um golpe está em curso. "Vão tirar a Dilma para entregar o Brasil para esse pessoal?", questionou. "A gente viu empresários, que são corruptores, presos. Nunca na história do Brasil membros do partido do governo foram presos. Querem entregar o País para o PMDB do Rio? Esse que derruba ciclovia?. Vão entregar o tesouro para as raposas."