O advogado Guilherme Gonçalves foi preso pela Polícia Federal no domingo (26), no aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica).

Gonçalves teve a prisão preventiva decretada na quinta-feira (23) pelo juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, por suspeita de participação em esquema de corrupção no Ministério do Planejamento.

A ação é fruto da Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato que resultou na prisão do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo (PT-PR), na última quinta-feira. Dez pessoas estão em prisão preventiva por suposto envolvimento nos desvios.

O advogado foi preso ao desembarcar, por volta das 17h, quando retornava de Lisboa, em Portugal. Ele foi conduzido até a superintendência da PF na Lapa, na região oeste de São Paulo, onde se encontra detido. Gonçalves deve ser ouvido pela Justiça ainda nesta segunda-feira (27).

Segundo os investigadores da Custo Brasil, Gonçalves seria o elo de Paulo Bernardo com o suposto esquema -o ex-ministro teria recebido R$ 7 milhões originados do esquema de desvios de recursos públicos.

Segundo o Ministério Público Federal, mais de R$ 100 milhões foram desviados, entre 2010 e 2015, do crédito consignado ofertado ao funcionalismo público federal. Ainda segundo os investigadores, o esquema era baseado na terceirização da supervisão do serviço, em 2009, a uma empresa, a Consist Software.

O MPF vai oferecer denúncia contra os investigados por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa até o final do mês de julho, conforme apurou o jornal "Valor".