Membros do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério Público do Tocantins (MPTO) que formam o gabinete ministerial para acompanhamento das estratégias de enfrentamento da Covid-19 no Tocantins expediram manifestação para que o governo do Estado explique em 72 horas qual é o plano para por em operação os três hospitais de campanha anunciados pelo governador Mauro Carlesse (DEM). Entre os pontos que promotores e procuradores querem explicação estão quais são os custos de implantação e funcionamento dos hospitais de campanha em Palmas, Gurupi e Araguaína, principalmente, se o governo do estado vai usar verba federal na empreitada. O rol de questões a serem respondidas incluem os fluxos e protocolos dos hospitais, qual perfil assistencial, qual dimensionamento de recursos humanos, se a gestão e execução será direta ou terceirizada. Também indagam se há estudo de estruturas já existentes e quais são elas, se os equipamentos serão comprados ou alugados e qual a previsão de conclusão da implantação e quando entrarão em funcionamento. Em Palmas, o governo pretende montar a estrutura no Espaço Cultural. Os órgãos também querem do governo uma justificativa para que os representantes estaduais não tenham mencionado insuficiência de leitos e a necessidade de hospitais de campanha durante reuni do CEMAS (Comitê Executivo para Monitoramento das Ações da Saúde no Estado do Tocantins), realizada dia 17 de abril, apenas três dias antes do anúncio da construção dos hospitais. Procurado, o governo ainda não se manifestou.