Possibilitar o acesso da população ao crédito é promover condições para que haja desenvolvimento local, regional e nacional. Com o benefício, pessoas físicas e jurídicas passam a ter acesso a recursos financeiros que podem ser empregados em investimentos e pagamentos de despesas.

Porém, observa-se que o sistema financeiro brasileiro está fortemente representado pelos bancos, cuja ausência dessas instituições é sentida em muitos municípios brasileiros, em especial os de Tocantins. Muitas cidades do Brasil não possuem agências e postos de atendimentos com serviços bancários disponíveis.

Para atender a essa demanda, alguns Municípios têm recorrido a formas alternativas de produtos e serviços bancários, como a instituição de cooperativas de crédito, atualmente a principal opção para 564 cidades brasileiras.

Formadas pela associação de pessoas, as cooperativas fazem parte do sistema cooperativo de crédito, sendo instituições financeiras destinadas a prestar serviços financeiros exclusivamente aos seus associados.

As cooperativas de crédito são geridas pelos próprios cooperados, considerados donos e usuários da instituição financeira, ao utilizar seus produtos e serviços.

A organização financeira oferta os principais serviços disponíveis nos bancos, a um custo mais baixo de taxas e tarifas cobradas no sistema bancário, aponta o Banco Central.

O elo de ligação das cooperativas de crédito com o desenvolvimento regional está no fato de que essas instituições são iniciativas promovidas pelos cidadãos de uma localidade, o que faz a renda circular e permanecer no Município, por meio do financiamento do empreendedorismo e da criação de poupanças.

E as cooperativas de crédito poderão assumir um papel inovador e eficaz para potencializar a inclusão financeira e o desenvolvimento regional. O Congresso Nacional concluiu a votação da matéria que autoriza essas instituições a captarem recursos públicos dos Municípios. Projeto carece ainda da sanção presidencial.

A nova medida projeta o fortalecimento da economia local, pois serão utilizados os recursos de caixa das prefeituras na própria comunidade, ao maximizar o acesso ao crédito cooperativo e promover o desenvolvimento regional. Reduz ainda as chances de migração dos recursos do Município para outros cofres.

A constituição das cooperativas de créditos fomenta a distribuição da renda de forma equitativa, ao fazer a mesma circular nos Municípios onde a riqueza é de fato gerada. Além disso, fortalece a economia local, por meio da utilização dos recursos municipais na comunidade e no fomento ao crédito rural.