Novo normal! Que coisa estranha! Não há 'novo normal’ se não transformar muita coisa. Particularmente não acredito em 'novo normal’. A pandemia mexeu com a realidade de forma emergencial, mas assim que a vacina tiver disponível extensivamente, as coisas vão voltando ao velho normal. Talvez haja um 'novo normal’, mas que não tem nada a ver com a pandemia.
 
Já perceberam com o passado vem perdendo seu status? A pouco tempo recorria-se ao passado - a história - para compreender o presente. Claro! Compreendendo o passado compreendia-se porque o presente é assim porque as coisas não mudavam tanto. As experiências passadas eram suficientes para fundamentar os que precisamos saber para planejar o futuro. Mas o conhecimento avançou, as tecnologias ligaram o mundo de canto a canto e as distâncias deixaram de ter muita importância.  Para a comunicação de dados o perto e o longe geograficamente não existe mais! 
 
Da mesma forma que as tecnologias digitais ligaram o mundo tambem criou um dilema: O que é mais importante para o presente: é o passado, como sempre foi, ou o futuro? Não é uma discussão boba! É de discussões como essa que precisamos para decidir que modelo de educação queremos. Se queremos continuar com uma educação conteudista ou uma educação que assegura a ligação dos conteúdos escolares com a vida. Alguns educadores, não gosta dessa indagação por considerar que a educação tradicional já faz isso. Em parte, tem razão, pois não dá para separar de forma definitiva conteúdos escolares da vida, mas não é esse ponto mais alto da educação tradicional. Basta observar livre de paixões que perceberemos que o ponto forte da escola tradicional são as aulas expositivas. Os professores tem seus planos de aulas para explicar conteúdos livrescos e não para explicar a vida, o cotidiano, a natureza.
 
O bicho pega quando tenta colocar a educação escolar para formar para o futuro. O que parece obvio, mas nem tanto. Formar é sempre para futuro, é claro. Mas quando forçamos o conteudismo e a escola como o lugar transferir as informações. O desafio é apontar para o futuro de forma que contemple a dinâmica do mundo contemporâneo. As coisas mudam rápidas demais e a preocupação com o que virá ganha mais espaço que força da tradição dos conteudismo. 
 
Era normal organizar a educação com base no passado, era como dirigir um carro com o para-brisa tapado e olhando pelo retrovisor. O que mudou é que o cenário contemporâneo que força o olhar para frente, para o futuro. 
 
No tempo em que no futuro de 1 ou 2 anos quase nada mudava o futuro era muito mais importância, não havia problema porque havia uma estabilidade no presente. Agora, o futuro com toda sua instabilidade, 5 anos é longo prazo. 
Abreviou-se o tempo e o futuro ocupa parte do presente e o passado é esquecido muito rápido. As incertezas do futuro deve ser material para pensar a educação escolar. Não se trata mais de concordar ou discordar, isso não importa porque a educação é instrumental para o futuro e o tempo que vivemos nos desafia a reinventar sempre. Isso sim me parece o 'novo normal’.
 
Você deve estar perguntando: como ensinar sem ensinar conteúdo? Bem, não é bem assim! Os conteúdos continuam importante, mas precisamos ressignificá-los para as preocupações da vida. Não há conteúdo bom por si mesmo, se o aprendente não sabe porque serve não serve para nada, é inútil! O ponto de partida é a vida e ponto final tambem. Se não formos capazes de adaptar-se ao presente, perdemos tempo a ensinar inutilidades. 
 
O passado tem a sua importância histórica, mas é o futuro que assumi a direção para a vida.  Se quiser conversar mais sobre isso, entra no meu blog https://proflauro2020.blogspot.com/