Maria Santana Ferreira dos Santos Milhomem 
professora doutora do Curso de Direito e Pró-reitora de Extensão da UFT.
 
A universidade é necessária?  Começo este texto com essa pergunta, que muitos fazem seja do ponto de vista governamental ou de outros segmentos da sociedade.
 
Segundo um painel para monitorar e acompanhar o impacto do coronavírus – Covid-19 no âmbito da Rede Federal de Ensino elaborado pelo Ministério da Educação – MEC, existem 1.444 ações de enfrentamento a Pandemia para 32,2 milhões de pessoas. 
 
Será que esse número de ações e de pessoas atendidas em 110 instituições de Ensino Superior é representativo? E no Tocantins, como estão esses dados? 
 
No caso da Universidade Federal do Tocantins desde o período de suspensão das aulas presenciais em 16 de março de 2020, foram intensas as mobilizações da comunidade acadêmica e as demandas dos outros segmentos e da sociedade em geral. 
 
Já são 47 ações de enfrentamento e 31 mil pessoas impactadas diretamente.  Essas ações estão direcionadas ao combate a fome, a proteção individual, acompanhamento psicológico em todos os ciclos da vida, realização de exames, compra de equipamentos e insumos, pesquisas científicas, dicas de saúde, assepsia, preventivas, produção de conteúdos, protocolos, vídeos, cartilhas, informativos e assistência aos servidores e estudantes. 
 
Mas como estão sendo concretizadas essas ações, em um período de restrições orçamentárias? Além da infraestrutura laboratorial, recursos humanos qualificados e engajados, foram firmadas parcerias para que a universidade pública cumpra seu papel social e regional. Nesse novo contexto, as Instituições foram obrigadas a se reinventarem para o combate e enfrentamento a essa Pandemia.
 
Portanto, respondendo a pergunta inicial, as instituições de Ensino Superior são necessárias para e na sociedade e devem ser reconhecidas como instituições que desempenham importantes papéis para o desenvolvimento humano, regional e sustentável na sociedade contemporânea.