Atualizada às 9h34

Após prisão do chefe de gabinete e dois assessores do deputado estadual Valdemar Júnior (MDB) na Assembleia Legislativa, o delegado responsável pela investigação, Cassiano Oyama, disse que uma das assessoras com prisão preventiva deve ser ouvida na manhã desta quinta, 20, por volta das 9h30. As prisões foram cumpridas na última quarta-feira, 19, em nova fase da operação Catarse.

Como as investigações seguem sob sigilo, os nomes dos presos ainda não foram informados pela Polícia. Tanto o chefe de gabinete, quanto o outro assessor possivelmente envolvido estão presos na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP). Já a mulher está na Unidade Prisional Feminina de Palmas e há uma chance de que ela possa ser liberada pelo menos para prisão domiciliar após as oitivas, conforme apurado pelo Jornal do Tocantins.

Oyama explicou que as prisões se deram pelo fato de os três servidores estarem atrapalhando as investigações. “Os servidores foram presos porque estavam tomando atitudes que prejudicavam a investigação, como intimidação de testemunhas”, disse. Por esse motivo também não houve pedido de prisão ao deputado estadual Valdemar, nem busca e apreensão em seu gabinete, sendo apreendidos apenas os telefones dos assessores e chefe de gabinete.

Operação

Em coletiva à imprensa na quarta, o delegado-geral da Polícia Civil, Rossílio de Sousa Correia, explicou que a operação busca coibir danos aos cofres públicos descobrindo possíveis funcionários fantasmas, e que deve haver desdobramentos desta fase.

Isso porque, segundo Oyama, a partir das investigações foi possível observar que essa prática estaria sendo realizada em outros gabinetes. “Temos mais cinco inquéritos em andamento e outras investigações iniciais para verificar se cabe abrir inquérito”, destacou.

As investigações começaram a partir de uma denúncia anônima na 1ª Delegacia de Polícia da Capital, e após apuração preliminar, verificou-se que tinha fundamento. Um inquérito foi instaurado levado até a deflagração da Operação. A Polícia contou que após o início da operação, muitas denúncias começaram a chegar nas delegacias, inclusive de funcionários públicos.

Em nota oficial, o deputado Valdemar Júnior declarou que se colocou inteiramente à disposição da Justiça para prestar qualquer esclarecimento que se fizer necessário.

O deputado informou também que não tem condições de opinar a respeito do ocorrido, uma vez que não foi informado sobre o teor das investigações e ainda está se inteirando dos fatos. “Entretanto, Valdemar Junior adianta que confia na seriedade da Justiça e tudo será esclarecido em breve”, finalizou.

A Casa de Leis disse que não irá se manifestar sobre o assunto.