A candidata Bernadete Aparecida (PSOL) comenta que dentro dos movimentos sociais sempre realizou um trabalho político pautado em: “sou de esquerda, sou socialista e sou radical, mantenho minhas ideias por décadas, exemplo disso a Casa 8 de Março”. Questionada sobre como lidará, se eleita, com uma Assembleia Legislativa onde não terá apoios, a candidata destaca que o PSOL tem candidatos a deputado estadual e pretende elegê-los. Ela ainda cita que poderá conversar com outros partidos como o PT, PCdoB e Rede.

“Mas não vou chamar esse partidos para integrar o meu governo, ocupar secretaria, mas vou conversar com eles. E não pretendo criar um mecanismo de barganha com os deputados, os nossos projetos são para população, são direitos constitucionais, direitos fundamentais”, argumenta. Ela acrescenta que os políticos que deixarem de defender os direitos constitucionais não estão cumprindo o seu papel e a sua função. “Vamos trabalhar o convencimento político e jurídico.”

A candidata conta que disputou as eleições de 2000 para o cargo de vereadora de Palmas pelo PT, entretanto quase não teria feito campanha, era pouco conhecida na Capital e por ser feminista, teve pouco apoio do seu partido. Ela não foi eleita. Decidiu voltar a disputar uma eleição agora em razão da conjuntura do Brasil, onde o discurso fascista e de violência é crescente. “Em um primeiro momento, o projeto era ser candidata ao Senado, mas na convenção o candidato que queríamos - Mário Lúcio Avelar - não poderia entra r na disputa e eu coloquei meu nome a disposição junto com dois companheiros, e os membros do partido me escolheram”, conta. Na sabatina, Bernadete é perguntada sobre a fragilidade do seu partido e de que não estaria empenhado em elegê-la, e a candidata destaca que o PSOL está engajado na sua campanha. Em relação a fragilidade da sigla, ela realça que até a Eleição Suplementar estava sem fundo partidário, situação que estaria sendo revertida agora.

Porém, Bernadete constata que dentro de todos os partidos há o machismo e isso pode gerar algumas dificuldades para a sua candidatura, mas que no geral o partido está envolvido na campanha, com uma visão democrática e de crescer a sigla.

Prioridade

Bernadete enumera que a primeira medida ao assumir o governo será colocar o “Tocantins no eixo” fazendo uma programação do pagamento das dívidas e depois instalar políticas sociais, de forma integrada com economia, educação, saúde, segurança e outras áreas, para os grupos mais oprimidos. Ela defende as criações das secretaria de mulheres e de direitos humanos. “O Tocantins tem uma grande riqueza que se fundamenta no latifúndio e em uma urbanização inadequada. Esse desenvolvimento para um e para outros não irá acabar”, diz Bernadete, que complementa querer realizar uma gestão democrática, eficiente e honesta, onde fará reformas agrária e urbana no Estado.