Outro núcleo no esquema era o empresarial, que completava a inexecução de serviços, onde algumas empresas já operavam no Estado e outras são mais recentes. Um dos contratos citados é o 010/2014, de aproximadamente R$ 71 milhões com aditivos. De acordo com a PF, algumas empresas foram usadas para troca de cheques e depósitos bancários e os responsáveis estão sendo conduzidos para explicar os fatos.

“Em todos os contratos observamos o mesmo padrão, com a contratação e posteriormente um aditivo sendo solicitado geralmente no limite legal (25%) de 24,91%, se repetindo em quase todos os contratos”, disse Damasceno, afirmando que o valor investigado, de R$ 850 milhões está sendo contabilizado sem os aditivos, o que significa que o valor ultrapassa R$ 1 bilhão.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) auditou uma obra em que a empresa Barra Grande Construções Ltda, uma das seis empresas citadas pela PF, e foi identificada a inexecução de serviços.

A Controladoria Geral da União (CGU) também analisou uma obra e constatou irregularidades em pagamentos, além de outras obras que não tiveram o serviço concluído, mas que houve pagamentos.

“Conseguimos entender a situação como um engendramento onde tínhamos diversas pessoas atuando com o desígnio de fraudar e burlar as fiscalizações”, afirmou Damasceno.

As empresas investigadas são: Empresa Projetos de Engenharia LTDA., CRT Construtora – Rio Tocantins, MVL Construções, Construtora Barra Grande, CCM – Construtora Centro Minas, CSN Engenharia LTDA. e EHL – Consócio EHL. Dessas, a EHL manifestou, por meio de nota, que não tem participação em nenhum dos crimes apontados e que está colaborando com as investigações.

À TV Anhanguera a MVL Construções e a CCM negaram qualquer envolvimento em atos ilícitos. Já a Barra Grande disse que não iria se pronunciar.