“Serei parceiro da iniciativa privada e defensor da classe trabalhista. E por isso estamos estudando a redução da carga tributária do Tocantins, sendo que um dos nossos alvos é o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), pois é o mais caro do País e temos que melhorar a situação para os nossos empresários”, argumenta o candidato ao governo pelo PRTB, Marcos Souza. A questão tributária foi tema de perguntas enviadas pelas federações das Indústrias do Tocantins (Fieto) e do Comércio do Tocantins (Fecomércio).

Ainda respondendo sobre carga tributária, o candidato frisou que a sociedade não aguenta mais pagar os privilégios do Legislativo, do Executivo e do Judiciário. “Temos desembargador no Tocantins ganhando mais de R$ 200 mil. E por isso vamos estudar várias formas para reduzir os impostos da energia e combustível”, frisa. Souza destaca: “sou da iniciativa privada e precisamos defende-la”.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (Faet) questionou qual a proposta do candidato para que o agronegócio no Estado produza mais e com melhor qualidade. “Temos vários exemplos de sucesso no Brasil onde o agronegócio fomenta emprego e renda. Não podemos ficar presos ao serviço público, ninguém quer ser mais empresário no Estado. Por isso temos que criar muitas oportunidades no agronegócio, por exemplo na área de suinocultura”, avalia. Souza sustenta que o governo também precisa melhorar os órgãos de assistência técnica, como o Ruraltins.

Em relação ao Matopiba - região que envolve partes de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia - Souza observa que houve um grande gasto com publicidade e não se criou infraestrutura para desenvolver a região, como estradas.

A Faet também enviou uma pergunta sobre quais ações que o candidato pretende desenvolver, caso eleito, para combater a criminalidade no campo. “Hoje parece que o crime tem compensado e a criminalidade parece ser incentivada. E, muitas vezes, por falta de oportunidade os nossos jovens entram para o crime. Isso, vamos resolver quando investirmos na educação, na família e no patriotismo. Também é preciso investir na iniciativa privada e na segurança pública. Muitas vezes os armamentos dos nossos policiais não são compatíveis com os dos bandidos”, responde o candidato.

Sobre o fomento ao comércio, questão enviada pela Câmara Dirigente de Lojistas (CDL) de Palmas, Souza expôs que “a primeira coisa é reduzir a carga tributária, eliminar as dificuldades para abrir uma empresa. Fomentar os pequenos negócios, criar oportunidade de financiamentos, como a Agência de Fomento com um juro baixo”. Ele ressalta que a Agência de Fomento foi criada para ajudar a fomentar o crescimento do Estado, o que não estaria sendo feito. Souza afirma que, se eleito, o secretário de Desenvolvimento Econômico será escolhido pela iniciativa privada. “Não faremos um governo adversário de quem produz e gera emprego, seremos parceiros da iniciativa privada e ajudaremos ela a crescer”.

Souza fala de redução da carga tributária e incentivos, como equilibrar isso com a necessidade de arrecadação sem aumentar impostos e taxas; outro questionamento feito pela CDL de Palmas. “Precisamos reduzir a alta carga tributária.” O candidato conta que muitas vezes um cidadão ao vender uma mercadoria, como bloco de cerâmica, tem que tirar uma nota de R$ 780, mas ele está vendendo por R$ 380. “Além da alta carga tributária, eles aumentam também a pauta da mercadoria. E ninguém aguenta mais, temos que adequar a economia”, relata.

Souza diz que tem visto muitas empresas fechando no Tocantins por falta de oportunidade. Temos obras na construção civil que poderiam gerar muito emprego, mas estão sendo feitas com placas de concreto, que não atendem a necessidade da população quanto a climatização.